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Gelo marinho atinge novo mínimo histórico em fevereiro de 2025

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 6 de mar.
  • 2 min de leitura

A extensão global do gelo marinho atingiu um novo mínimo histórico no início de fevereiro de 2025, permanecendo abaixo do recorde anterior, registrado no mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia, com base em medições por satélite do Ártico e da Antártica.


No Polo Norte, o gelo marinho do Ártico ficou 8% abaixo da média para o mês, atingindo a menor extensão já registrada para o período em que normalmente se aproxima de sua máxima anual. Esse resultado vem após três meses consecutivos de recordes negativos.


Já no Polo Sul, o gelo marinho da Antártica registrou a quarta menor extensão mensal para fevereiro, ficando 26% abaixo da média. Durante este período do ano, a extensão de gelo na região costuma estar próxima do seu mínimo anual. Caso não haja um novo recorde em março, essa será a segunda menor cobertura de gelo já registrada na Antártica em qualquer mês do ano.


Temperaturas em alta


Segundo o Copernicus, fevereiro de 2025 registrou uma temperatura média do ar na superfície de 13,36°C, o que representa um aumento de 0,63°C em relação à média histórica para o mês (1991-2020). Esse foi o terceiro fevereiro mais quente já registrado.


Quando comparado ao período pré-industrial (1850-1900), a temperatura ficou 1,59°C acima da média, marcando o 19º dos últimos 20 meses em que o aquecimento global ultrapassou 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.


“Uma das consequências de um mundo mais quente é o derretimento do gelo marinho, e os sucessivos recordes de baixa cobertura em ambos os polos empurraram a extensão global do gelo marinho para um mínimo histórico”, explicou Samantha Burgess, responsável pelo clima no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF).


A temperatura média da superfície do mar também apresentou níveis elevados, atingindo 20,88°C em fevereiro, considerando as zonas temperadas e intertropicais. Esse foi o segundo valor mais alto para o mês, ficando apenas 0,18°C abaixo do recorde registrado em fevereiro de 2024.


Seca e impactos climáticos


O mês de fevereiro também foi marcado por secas severas em diversas regiões. Na Europa, a quantidade de chuvas ficou abaixo da média, afetando principalmente a Europa Central e Oriental, o Sudeste da Espanha e a Turquia.


Condições mais secas que o normal também foram registradas na maior parte da América do Norte, no Sudoeste e Centro da Ásia, no leste da China, na Austrália e em grande parte da América do Sul. Na Argentina, os baixos índices de umidade contribuíram para a ocorrência de incêndios florestais.


Os dados reforçam a tendência de aquecimento global e seus impactos crescentes, evidenciando a urgência de medidas para conter as mudanças climáticas.

Fonte Agência Brasil



 
 
 

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