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General Hossein Salami é morto em ataque aéreo israelense; tensão entre Irã e Israel atinge novo patamar

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 13 de jun.
  • 2 min de leitura

O comandante da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami, foi morto em um ataque aéreo atribuído a Israel na madrugada desta quinta-feira (12), conforme confirmou o próprio governo iraniano. A ação marca uma nova escalada no já frágil equilíbrio militar entre Teerã e Tel Aviv, e pode representar um divisor de águas no confronto indireto travado pelos dois países nos últimos anos.


Salami era um dos pilares do regime iraniano e chefiava, desde 2019, a Guarda Revolucionária — força de elite criada após a Revolução Islâmica de 1979 e encarregada de proteger o regime, além de conduzir operações internas e externas. Sua morte representa um abalo severo na cúpula militar do Irã, com repercussões ainda imprevisíveis.


Fontes militares israelenses ouvidas pelo The Israel Times apontam que o ataque também pode ter atingido outras figuras de alto escalão. Entre os alvos estariam o chefe do Estado-Maior iraniano, general Mohammad Bagheri, e dois cientistas nucleares ligados ao programa atômico do país: Fereydoun Abbasi-Davani e Mohammad Mehdi Tehranchi. A emissora estatal iraniana chegou a anunciar a morte dos dois cientistas, mas o governo de Teerã ainda não confirmou oficialmente.


O bombardeio integra a operação chamada “Nação de Leões”, lançada por Israel com o objetivo declarado de frear o avanço do programa nuclear iraniano. De acordo com autoridades de defesa israelenses, a ação mira a “eliminação estratégica” de quadros técnicos e militares que seriam essenciais para o que Tel Aviv considera uma ameaça iminente à sua segurança.


“É cada vez mais provável que o chefe do exército iraniano e os principais cientistas nucleares sejam eliminados”, declarou uma autoridade israelense ao jornal.


A ofensiva aumenta o risco de um confronto direto entre Irã e Israel, com possibilidade de envolvimento de aliados e milícias regionais. Grupos como Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen — ambos apoiados por Teerã — podem intensificar ataques em retaliação.


Até o momento, Estados Unidos e ONU não se pronunciaram oficialmente sobre o ataque. A comunidade internacional acompanha com apreensão os desdobramentos, temendo que o episódio deflagre um conflito de maiores proporções no Oriente Médio.



 
 
 

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