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Glauber Braga entra em greve de fome contra possível cassação e dorme no plenário da Câmara

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 11 de abr.
  • 2 min de leitura

BRASÍLIA – 11 de abril de 2025 – O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) está em greve de fome há mais de 30 horas em protesto contra o processo que pode levar à cassação de seu mandato. Segundo sua assessoria, o parlamentar consome apenas água e isotônicos e permanece acampado nas dependências da Câmara dos Deputados, onde também passou a madrugada desta quinta-feira (10).


A manifestação começou após o Conselho de Ética aprovar, na quarta-feira (9), o parecer que recomenda a perda de mandato do deputado. O processo é referente a um episódio ocorrido em abril de 2024, quando Glauber expulsou, com chutes e empurrões, um manifestante ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL) durante um evento no Congresso.


A decisão final sobre a cassação caberá ao plenário da Câmara, ainda sem data definida. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), será o responsável por agendar a votação.


Protesto solitário e simbólico


Segundo a equipe de Glauber, o deputado escolheu dormir no plenário da comissão do Conselho de Ética e está utilizando os banheiros da Câmara para tomar banho. Mesmo isolado fisicamente, tem recebido visitas constantes de servidores, aliados políticos e representantes religiosos, que se revezam para prestar solidariedade.


Durante o tempo livre, Glauber tem mantido a serenidade ouvindo músicas de bandas que aprecia, como a paulista NX Zero, de acordo com sua assessoria. A equipe também informou que um médico acompanha o estado de saúde do parlamentar, e, até o momento, sua pressão arterial está estável.


A atitude de Glauber surpreendeu até os mais próximos. Nem mesmo sua esposa, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), foi avisada com antecedência. Ela esteve com ele até as 23h de quarta-feira, mas precisou se retirar para cuidar do filho do casal, de apenas três anos.


Clima tenso na Câmara


A decisão de Braga de permanecer em protesto nas dependências da Câmara acendeu um novo sinal de tensão entre os parlamentares, em um momento em que a polarização política volta a se acirrar. A Câmara designou um policial legislativo para garantir sua segurança enquanto durar a manifestação.


Embora a bancada do PSOL ainda não tenha se posicionado oficialmente sobre a greve de fome, aliados do partido avaliam nos bastidores formas de apoiar o parlamentar diante do processo disciplinar.


O caso deve ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, à medida que aumenta a pressão sobre o presidente da Câmara para pautar a votação em plenário. Glauber, por sua vez, afirma que manterá o protesto até que o processo seja encerrado.



 
 
 

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