Governo do Rio transfere traficante Breno do Guandu para presídio federal no Paraná

O Governo do Rio de Janeiro transferiu, nesta terça-feira (25), o traficante Breno da Silva Sousa, conhecido como Breno do Guandu, para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. A operação, conduzida pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-RJ), contou com 17 policiais penais e cinco viaturas, e foi realizada dois dias após a remoção de outro criminoso de alta periculosidade, Nando Bacalhau.

Essa transferência faz parte de um acordo negociado pelo governador Cláudio Castro com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que resultou na liberação de 10 novas vagas em presídios federais para criminosos do Rio de Janeiro. “A segurança pública precisa ser tratada como uma questão nacional. Essas transferências são um golpe direto no crime organizado, que já ultrapassou as fronteiras do estado”, afirmou Castro.

Histórico de crimes e condenação

Com forte atuação em 13 comunidades de Japeri, na Baixada Fluminense, Breno do Guandu tem um histórico de 26 registros criminais, incluindo tráfico de drogas, homicídio qualificado, roubo majorado, corrupção de menores e extorsão. Condenado a 79 anos e 11 meses de prisão, ele já cumpriu 6 anos e 7 meses e agora cumprirá o restante da pena, de 73 anos, em regime federal.

Avanço nas transferências de criminosos perigosos

Desde 2023, o Governo do Rio já transferiu 36 criminosos de alta periculosidade para penitenciárias federais. Entre eles estão figuras notórias como o contraventor Rogério de Andrade, o miliciano Luiz Antônio da Silva Braga (Zinho) e Robson Aguiar Oliveira (Binho), líder do tráfico no Morro do Engenho da Rainha, na Zona Norte da capital.

A medida visa enfraquecer as organizações criminosas ao isolar suas lideranças em unidades de segurança máxima, dificultando a comunicação e a influência dessas figuras no comando de suas facções a partir dos presídios estaduais.