Governo libera R$ 27,4 milhões ao STF para reforço na segurança institucional
- Marcus Modesto
- 17 de abr.
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O governo federal autorizou, por meio de medida provisória publicada nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial da União, a liberação de um crédito extraordinário de R$ 27,4 milhões ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investimentos em segurança institucional. A verba foi solicitada pela Corte após um episódio de tentativa de atentado com explosivos em novembro de 2024. A informação é do colunista Lauro Jardim, de O Globo.
O montante será destinado à contratação de 40 novos agentes da Polícia Judicial e à aquisição de armamentos, sistemas tecnológicos de vigilância e equipamentos para detecção de ameaças. O principal investimento será em uma solução antidrone, com alcance de até dois quilômetros, ao custo estimado de R$ 12 milhões. Segundo relatório técnico do STF, o sistema beneficiará também outras instituições da Esplanada dos Ministérios, como CNJ, TSE, STJ e TST.
Aquisições incluem equipamentos de alta tecnologia
A lista de itens que serão adquiridos com os recursos inclui:
• 1 drone autônomo (R$ 150 mil);
• 2 câmeras termais (R$ 120 mil);
• 10 pinos hidráulicos de contenção veicular (R$ 1,2 milhão);
• 19 conjuntos de raio-X e detectores de metais (R$ 5,7 milhões);
• 1 espectrômetro de massa (R$ 95 mil);
• 70 rádios comunicadores (R$ 425 mil);
• Munições de treinamento, coldres, porta-carregadores e software de segurança.
Estão previstas ainda a instalação de três novas guaritas de segurança e a aquisição de 60 mil munições para capacitação e treino da equipe de proteção institucional.
Estudo apontou vulnerabilidades no sistema de segurança
A solicitação dos recursos extraordinários foi motivada por um estudo da Secretaria de Segurança do STF, que identificou falhas e vulnerabilidades na estrutura de vigilância e controle de acesso do tribunal. A Secretaria de Orçamento da Corte, contudo, havia sinalizado a inexistência de verba disponível para as melhorias, o que levou o STF a recorrer ao apoio do Executivo.
O investimento vem em meio a uma crescente preocupação com a segurança de instituições democráticas, especialmente após os ataques a prédios públicos em 8 de janeiro de 2023 e a tentativa de atentado ao STF no fim de 2024.
Com a liberação dos recursos, a expectativa é que parte dos equipamentos esteja em operação ainda no segundo semestre deste ano, fortalecendo a segurança não apenas do Supremo, mas de todo o entorno institucional da capital federal.

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