Greve e protesto: educadores reagem à reforma de Furlani e denunciam caos na educação
- Marcus Modesto
- 22 de abr.
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Professores da rede municipal de Barra Mansa irão ocupar o pátio da Prefeitura nesta quarta-feira, 24 de abril, a partir das 8h30, em um grande protesto contra a precarização da educação pública e o ataque aos direitos dos servidores, promovido pela atual gestão do prefeito Luiz Furlani. A mobilização marca o início de uma greve da categoria, que denuncia não só os salários defasados e a sobrecarga de trabalho, mas também a proposta de reforma da previdência dos servidores públicos, recentemente enviada pelo prefeito à Câmara Municipal.
A reforma proposta pela Prefeitura institui o Regime de Previdência Complementar (RPC), que limita a aposentadoria dos futuros servidores ao teto do INSS (hoje em R$ 7.507,49), exigindo contribuições extras para quem quiser complementar sua aposentadoria. Além disso, aumenta de 11% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores atuais — uma medida que, segundo os professores, representa um verdadeiro confisco salarial.
“A situação já está insustentável. Temos escolas sucateadas, professores adoecendo por sobrecarga e salários miseráveis. Agora, o prefeito quer atacar a nossa aposentadoria. É inaceitável”, declarou uma professora da rede municipal, que estará presente na manifestação.
A mobilização dos educadores inclui ainda um ato às 14h na Gare da Estação e uma assembleia às 18h para decidir os próximos passos da greve. A categoria cobra a retirada do projeto de reforma da previdência da pauta da Câmara e a abertura de um canal de diálogo real com os trabalhadores da educação.
Segundo o sindicato da categoria, o prefeito Luiz Furlani tem evitado o debate público e encaminhou a proposta à Câmara sem qualquer escuta dos servidores. A votação do projeto está prevista para os próximos dias, o que aumenta a tensão entre os trabalhadores.
Para os professores, o pacote de retrocessos promovido pela atual administração ameaça não só os seus direitos, mas o futuro da educação no município. Eles afirmam que o movimento não vai recuar até que suas reivindicações sejam ouvidas e atendidas.
A população é chamada a se solidarizar com os educadores, que não lutam apenas por melhorias salariais, mas por respeito, valorização profissional e uma escola pública de qualidade para todos.

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