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Grupo bolsonarista tenta lançar Flávio ao governo do Rio, mas recebe “não” categórico

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

Um grupo de prefeitos e empresários ligados à ala mais fiel do bolsonarismo no Rio de Janeiro vem articulando uma movimentação política que mira diretamente a sucessão ao Palácio Guanabara em 2026. Na última semana, a comitiva — formada por nomes tradicionalmente alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro — buscou convencer o senador Flávio Bolsonaro a encabeçar o projeto da direita fluminense para a disputa pelo governo do estado. O apelo, no entanto, foi rechaçado de imediato.


A proposta envolvia um plano de médio prazo: Flávio assumiria o mandato-tampão que se abriria com a provável renúncia do governador Cláudio Castro, caso este confirme a intenção de disputar uma vaga no Senado. Com isso, o senador poderia entrar no governo por meio de uma eleição indireta na Alerj e, em seguida, se consolidar como candidato competitivo ao pleito majoritário em 2026 — tendo, como principal adversário, o prefeito do Rio, Eduardo Paes.


Mesmo diante de horas de argumentação do grupo, que apostava no “peso do sobrenome Bolsonaro” como fator decisivo para unificar a direita fluminense, Flávio manteve-se firme. Reafirmou seu foco em disputar a reeleição ao Senado e contribuir para a formação de uma base bolsonarista robusta na Casa Alta. Mais do que isso, voltou a afirmar que sua prioridade será lutar pela anistia de Jair Bolsonaro, hoje inelegível, para que o ex-presidente possa voltar às urnas em 2026.


A negativa não freou os esforços do grupo, mas esvaziou boa parte do plano político traçado por prefeitos da base do atual governo estadual e empresários da velha guarda conservadora. Internamente, o argumento é que a candidatura de Flávio poderia ser uma “vitória certa”, dada sua ampla aceitação no eleitorado mais fiel ao bolsonarismo e sua capacidade de atrair setores médios que rejeitam tanto Eduardo Paes quanto o atual presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar — outro nome citado como possível concorrente ao Palácio Guanabara.


Com Flávio fora do jogo, o campo da direita fluminense segue órfão de uma liderança clara para a sucessão estadual. A insistência em trazer um nome ligado à família Bolsonaro revela a dificuldade do grupo em formar alternativas com tração eleitoral própria. Sem o primogênito do clã na disputa, o bolsonarismo no estado pode ter que buscar fora de casa o seu candidato — ou assistir de longe ao avanço de adversários como Paes, que já costura alianças em torno de sua candidatura.


O “não” de Flávio foi um banho de água fria para os articuladores. E, ao que tudo indica, não há plano B à altura.



 
 
 

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