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Imagens revelam agressão a criança autista por professor em escola do Rio e causam revolta

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 7 de abr.
  • 2 min de leitura

Um caso de agressão dentro de uma escola particular na Zona Oeste do Rio de Janeiro ganhou repercussão nacional neste domingo (7), após ser exibido pelo programa Fantástico, da TV Globo. As imagens, captadas por câmeras de segurança do Centro Educacional Meirelles Macedo, em Guaratiba, mostram o momento em que um professor de capoeira aplica uma rasteira em um aluno de 11 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).


A vítima, Guilherme, caiu no chão após a agressão. Segundo a mãe do menino, Joyce Siqueira, o episódio ocorreu em setembro de 2023, mas só foi descoberto semanas depois, por meio de um funcionário do transporte escolar. Em casa, Guilherme relatou à mãe o que havia acontecido. “Ele disse que o professor bateu nele, deu uma rasteira e o derrubou no chão. Também contou que o professor o ameaçou, dizendo que, se fizesse de novo, ‘ia meter a porrada’”, relatou Joyce.


De acordo com ela, o conflito começou quando Guilherme teve dificuldade para completar um exercício durante a aula. O professor sugeriu que ele utilizasse uma bola para treinar, mas os colegas se recusaram a entregar o objeto. Guilherme então chutou a bola, o que desencadeou uma briga entre os alunos. A situação saiu do controle quando uma aluna jogou a bola contra ele e começaram os empurrões. Na sequência, o professor interveio de forma violenta.


Além da agressão, a escola suspendeu Guilherme por dois dias, alegando desrespeito e comportamento agressivo com colegas e o professor. A mãe contestou a medida e solicitou acesso às imagens das câmeras. “Meu filho, devido ao TEA, não é uma criança fácil, sabemos disso, mas me surpreende um comportamento tão agressivo partindo de um profissional da educação, que deveria estar preparado para lidar com a inclusão no ambiente escolar”, escreveu Joyce à direção da escola.


As gravações só foram liberadas após seis meses, por determinação judicial. A partir delas, ficou comprovada a agressão. Em nota, a escola informou que o professor já não faz parte do corpo docente e que todas as medidas legais cabíveis foram tomadas.


O caso levanta novamente o debate sobre a capacitação de profissionais da educação para lidar com alunos neurodivergentes, além da necessidade de políticas mais eficazes para garantir a inclusão e o bem-estar de crianças com TEA no ambiente escolar.


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