Inea registra onça-parda pela primeira vez no Parque Estadual da Pedra Selada

Registro inédito indica que o ecossistema da região está saudável

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) registrou, no final de fevereiro, uma onça-parda (Puma concolor) no Parque Estadual da Pedra Selada, em Visconde de Mauá, Resende. Este é o primeiro flagrante oficial do animal em vídeo dentro da unidade de conservação. Segundo maior felino das Américas, a espécie enfrenta ameaças devido à ação humana sobre seu habitat natural.

O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, destacou a importância do registro:

— A presença da onça-parda indica que o ecossistema está equilibrado, já que o animal ocupa o topo da cadeia alimentar. O trabalho de conservação realizado pelo Inea é essencial para manter esse equilíbrio e possibilitar registros como este.

A captura da imagem foi feita por uma das três armadilhas fotográficas instaladas no parque, posicionadas em trilhas naturais dos animais. As imagens são analisadas pela equipe da unidade com a validação de um biólogo.

Também conhecida como suçuarana ou leão-baio, a onça-parda tem papel vital na manutenção dos ecossistemas. O felino se adapta a diferentes ambientes, desde desertos quentes até regiões de altitude, sendo mais ativo ao entardecer e à noite.

Carlos Dário, gestor do Parque Estadual da Pedra Selada, reforça a necessidade de preservação da unidade:

— Esse flagrante comprova a relevância do parque para a biodiversidade e reforça a importância de ampliar as áreas de conservação, garantindo espaço para a sobrevivência dessas espécies.

Apesar do porte, a onça-parda não costuma atacar humanos. Para evitar conflitos, o Inea recomenda que moradores mantenham lixeiras tampadas, protejam animais domésticos e entrem em contato com o órgão caso avistem animais silvestres. Em um encontro com a onça, a orientação é não dar as costas e permitir que o felino se afaste naturalmente.

Foto Inea