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Inflação desacelera em abril, mas pressão de medicamentos e serviços ainda preocupa

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país, subiu 0,43% em abril, conforme divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. O número representa uma desaceleração frente aos 0,56% registrados em março, mas ainda reflete pressões importantes no custo de vida dos brasileiros.


A taxa veio em linha com as projeções do mercado, que apontavam alta de 0,42%, e marca a maior inflação para o mês desde 2023. No acumulado de 12 meses, o IPCA chega a 5,53%, acima da meta central de 3% do Banco Central, embora ainda dentro do intervalo de tolerância permitido.


Entre os vilões do mês estão os medicamentos, impactados pelo reajuste autorizado pelo governo no fim de março, e o grupo de serviços, que segue pressionado, com inflação próxima de 6% no acumulado anual. O setor de alimentos, apesar de continuar subindo, apresentou desaceleração em relação ao mês anterior.


Política monetária e cenário global pesam nas expectativas


Com a taxa básica de juros (Selic) mantida em 14,75% ao ano, o Banco Central indicou que o ciclo de aperto monetário pode estar perto do fim. Segundo o Comitê de Política Monetária (Copom), os efeitos dos juros elevados começam a aparecer na moderação da demanda, contribuindo para a contenção da inflação.


No exterior, o aumento das tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros globais adiciona incerteza ao cenário. A escalada tarifária, impulsionada por medidas recentes do governo norte-americano, pode enfraquecer o crescimento global e, por consequência, reduzir os preços internacionais de commodities como o petróleo.


A Petrobras, inclusive, já reduziu o preço do diesel nas refinarias em três ocasiões recentes, o que pode gerar alívio nos custos de transporte e alimentos nas próximas leituras do IPCA.


Perspectiva para 2024


Apesar dos sinais de alívio, a inflação ainda preocupa. A última edição do Boletim Focus prevê um IPCA de 5,5% ao fim de 2024 — bem acima da meta. O governo e o Banco Central seguem atentos à evolução fiscal, ao consumo interno e às incertezas externas que podem interferir na trajetória dos preços.


A leitura de abril reforça o desafio de equilibrar crescimento, controle inflacionário e estabilidade de preços em um cenário global instável e com pressões domésticas persistentes.



 
 
 

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