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Inflação desacelera em março para todas as faixas de renda, aponta Ipea

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 18 de abr.
  • 2 min de leitura

A inflação registrou desaceleração em março para todas as faixas de renda no Brasil, em comparação com o mês anterior. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e indicam que o alívio foi mais significativo para as famílias de renda muito baixa, cuja taxa recuou de 1,59% em fevereiro para 0,56% em março. Já para a classe de renda alta, a inflação caiu de 0,9% para 0,6%.


De acordo com o Ipea, a desaceleração entre os mais pobres foi puxada por reajustes modestos nas tarifas de energia elétrica (0,12%) e pelas quedas nos preços do transporte público urbano — com destaque para as passagens de ônibus (-1,1%) e metrô (-1,7%).


Para as famílias de renda mais alta, a principal contribuição veio do setor de educação. A inflação no grupo caiu de 0,90% em fevereiro para 0,60% em março, refletindo o fim do impacto dos reajustes das mensalidades escolares, tradicionalmente aplicados no início do ano letivo.


Alimentos pressionam famílias de baixa renda


Apesar do alívio geral, os grupos de menor renda continuam enfrentando altas expressivas nos preços dos alimentos consumidos em casa. Entre os destaques de aumento estão os ovos (13,1%), o café (8,1%), o leite (3,3%) e o tomate (22,6%). Por outro lado, houve recuo nos preços de itens como arroz (-1,8%), feijão-preto (-3,9%), carnes (-1,6%) e óleo de soja (-2,0%).


Alta renda sente impacto em transporte e lazer


Para a classe alta, os principais aumentos foram registrados nos segmentos de transporte e despesas pessoais, como as passagens aéreas, que subiram 6,9%, e os serviços ligados a recreação e lazer, com alta de 1,2%.

Inflação acelera no acumulado de 12 meses


Na comparação entre março de 2025 e março de 2024, a inflação subiu em todas as faixas de renda, com impacto mais forte nas classes mais altas. No acumulado de 12 meses, a inflação foi de 5,24% para a renda muito baixa e de 5,61% para a renda alta.


As principais pressões inflacionárias no período vieram dos grupos de alimentos e bebidas, transportes e saúde e cuidados pessoais. Os aumentos mais expressivos foram registrados nos preços das carnes (21,2%), aves e ovos (12,1%), óleo de soja (24,4%), leite (11,9%) e café (77,8%).


No setor de saúde, os principais vilões foram produtos farmacêuticos (4,8%), itens de higiene pessoal (4,8%), serviços médicos (7,8%) e planos de saúde (7,3%).


Já no grupo dos transportes, as maiores altas foram observadas nas tarifas de ônibus urbano (5,1%) e interestadual (6,4%), transporte por integração (10%), aplicativos (18,3%), além de reajustes significativos na gasolina (10,9%) e no etanol (20,1%).



 
 
 

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