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INSS expõe rombo herdado do governo Bolsonaro

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 9 de mai.
  • 1 min de leitura

O escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias e pensões, que agora obrigará o INSS a devolver quase R$ 293 milhões aos beneficiários, revela uma crise herdada do desmonte institucional promovido durante o governo Bolsonaro. A justificativa de que os valores foram descontados mesmo após o bloqueio — porque a folha já havia sido processada — mostra o quanto o sistema continua desorganizado e ineficiente.


Durante a gestão Bolsonaro, cortes de pessoal, digitalização acelerada sem inclusão digital e a fragilização da fiscalização permitiram que associações e sindicatos realizassem descontos com pouca ou nenhuma transparência. Agora, cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas terão que verificar, pelo aplicativo “Meu INSS”, se autorizaram ou não os débitos feitos nos últimos cinco anos.


A decisão de restringir a comunicação ao app ignora que a maioria dos segurados são idosos com baixa familiaridade digital. Isso amplia a vulnerabilidade dessas pessoas, que já foram prejudicadas por um sistema que falhou em protegê-las. E embora o INSS afirme que cobrará explicações das entidades responsáveis, o processo é burocrático e demorado — com prazos que chegam a 30 dias úteis, enquanto os lesados seguem aguardando ressarcimento.


A crise atual não é apenas operacional. É reflexo de um modelo que, nos últimos anos, privilegiou a desregulamentação e a redução da presença do Estado nas garantias sociais. A devolução dos valores é apenas um reparo superficial. O verdadeiro desafio será reconstruir a confiança no sistema — e isso começa com transparência, responsabilização e respeito aos aposentados que sustentam a Previdência com uma vida inteira de contribuição.



 
 
 

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