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Intervenção no transporte público de Barra Mansa: Solução ou remendo provisório?

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 19 de fev.
  • 2 min de leitura

Após anos de reclamações e descaso, o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro) decidiu intervir em duas linhas de ônibus operadas pela Viação Agulhas Negras em Barra Mansa. A decisão, fruto da pressão de moradores e do deputado estadual Jari Oliveira, representa um avanço, mas levanta uma questão central: por que o poder público permite que empresas prestem serviços de péssima qualidade até que a situação se torne insustentável?


A mudança de operadoras na linha P714 (Jardim Belvedere – São Judas Tadeu) e na linha P716 (Jardim Amália – Boa Vista I, via Paraíso) é um alívio temporário para os passageiros, mas não resolve o problema estrutural do transporte coletivo na cidade. O histórico de atrasos, ônibus sucateados e até acidentes graves não se limita a essas duas linhas. Toda a operação da Viação Agulhas Negras deveria estar sob escrutínio, assim como o próprio modelo de concessão do transporte público em Barra Mansa.


O deputado Jari Oliveira celebrou a intervenção, mas reconheceu que ela é apenas um primeiro passo. No entanto, a pergunta que precisa ser feita é: quantos primeiros passos já foram dados sem que nada realmente mude? A licitação do transporte público, determinada pela Justiça, é um processo que se arrasta, enquanto os usuários continuam reféns de um sistema ineficiente e sem fiscalização adequada.


O problema do transporte coletivo não pode ser resolvido apenas com trocas pontuais de empresas. Sem um plano sério de mobilidade urbana, regras rígidas de qualidade e cumprimento de horários, além de fiscalização eficiente, Barra Mansa continuará enfrentando o velho ciclo de descaso, crise e soluções paliativas. O direito de ir e vir da população não pode depender da boa vontade de concessionárias e autoridades que só agem sob pressão.



 
 
 

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