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Justiça autoriza viagem de Paulo chu chu, réu no processo que envolve Rodrigo Drable

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 20 de jun.
  • 3 min de leitura

Ex-prefeito de Barra Mansa segue como réu por organização criminosa e corrupção ativa em processo que tramita desde 2020 no TJ-RJ. Último despacho foi publicado no dia 13 de junho de 2025.


O processo criminal que envolve o ex-prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable Costa, continua avançando no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), com novas movimentações judiciais e medidas em vigor contra os réus. No último despacho, publicado em 13 de junho de 2025, a desembargadora Suimei Meira Cavalieri, relatora do caso no Segundo Grupo de Câmaras Criminais, autorizou a viagem de um dos réus, Paulo Afonso Sales Moreira da Silva, ( Vereador Paulo Chuchu ) mantendo, no entanto, todas as medidas cautelares já impostas.


O caso tramita sob o número 0039671-30.2020.8.19.0000 e é fruto de uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro em junho de 2020, que aponta a existência de uma organização criminosa envolvendo agentes públicos e políticos do município de Barra Mansa.


As investigações revelam que Rodrigo Drable, então prefeito, teria articulado, junto com aliados, um suposto esquema de compra de apoio político na Câmara Municipal, com o objetivo de garantir a aprovação de suas contas relativas ao exercício de 2018. A denúncia ganhou força a partir do depoimento do então vereador Gilmar Lelis, que afirmou ter recebido proposta de vantagem indevida para alterar seu voto.


Além de Drable, outros nomes foram incluídos no processo, como o próprio Paulo Afonso Moreira da Silva,  vereador Paulo Chu Chu que teve a viagem recentemente autorizada pela Justiça. E o ex vereador Zélio Show. Todos são acusados de praticar crimes previstos na Lei de Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013) e no Código Penal, como corrupção ativa e concurso material.


Durante a tramitação, o TJ-RJ impôs uma série de medidas restritivas aos réus, como proibição de contato entre os envolvidos, comparecimento regular à Justiça e outras restrições de mobilidade. Parte dessas medidas foi mantida por instâncias superiores, como o STJ e o STF, após tentativas frustradas de revogação.


Em dezembro de 2024, foi realizada audiência de instrução do processo, dando continuidade à fase de coleta de provas e depoimentos. Agora, em 2025, o caso ainda segue sem sentença, mas com o acompanhamento direto da relatoria da desembargadora Cavalieri, que reconheceu, em despacho recente, a necessidade de manter os controles judiciais mesmo diante de pedidos pontuais de autorização, como a viagem liberada para um dos réus.


O processo continua tramitando em segunda instância e, até o momento, não há previsão para julgamento final.


Enquanto isso, a repercussão do caso ainda ecoa nos bastidores políticos da cidade. Rodrigo Drable, que tentou manter influência na política local após deixar a prefeitura, tem agora sua trajetória marcada por um processo criminal que pode ter desdobramentos definitivos nos próximos meses.


Linha do tempo: o processo que envolve Rodrigo Drable


Ex vereador Zélio Show


EEJunho de 2020 – Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro oferece denúncia contra Rodrigo Drable ,vereador Paulo Chuchu e o ex vereador Zélio show, apontando existência de organização criminosa em Barra Mansa.


2021 – STJ e STF mantêm medidas cautelares impostas aos réus, como restrições de contato e obrigações de comparecimento à Justiça.


Dezembro de 2024 – Audiência de instrução é realizada no TJ-RJ para coleta de depoimentos e análise de provas.


13 de junho de 2025 – Desembargadora Suimei Meira Cavalieri autoriza viagem de Paulo Afonso Moreira da Silva, mantendo medidas cautelares vigentes.


Análise: impacto político do processo em Barra Mansa


Ex prefeito Rodrigo Drable


A denúncia contra Rodrigo Drable teve repercussão direta na política de Barra Mansa. Considerado por aliados como uma liderança influente, Drable viu sua imagem pública abalada pelas acusações de corrupção e articulação política ilícita. O processo enfraqueceu sua capacidade de articulação e manchou o legado de sua gestão municipal, que já enfrentava críticas por autoritarismo e centralização de poder.


Com o avanço do processo e o julgamento cada vez mais próximo, cresce a pressão sobre o atual governo e a classe política local. O episódio reforça a crise de representatividade vivida pelo município, que, ao longo das últimas décadas, convive com escândalos e promessas não cumpridas, enquanto enfrenta sérios problemas estruturais em áreas como saúde, transporte, habitação e geração de emprego.


Vereador Paulo chu chu



 
 
 

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