Justiça do Rio autoriza leilão de bens atribuídos a Romário para quitar dívida milionária
- Marcus Modesto
- 3 de out.
- 2 min de leitura
A Justiça do Rio de Janeiro determinou o leilão de cinco bens atribuídos ao senador Romário (PL-RJ), em um processo que se arrasta há mais de 20 anos. A medida busca quitar parte de uma dívida decorrente da quebra de contrato com uma empresa que prestava serviços ao Café do Gol, boate da Barra da Tijuca da qual o ex-jogador era sócio.
Os leilões estão marcados para o dia 23 de outubro e incluem uma mansão, uma lancha e três carros de luxo. O valor inicial dos bens soma R$ 10,8 milhões, pouco menos da metade da dívida total, calculada em R$ 24,3 milhões.
Embora os bens não estejam registrados formalmente em nome do senador, a Justiça aponta que todos eram utilizados por ele e, em alguns casos, registrados em nome de familiares.
A mansão da Lagoa da Tijuca
O imóvel de maior valor é uma casa de luxo na Barra da Tijuca, avaliada em R$ 9 milhões. Com 896 m² de área construída, em terreno de 1,5 mil m² às margens da Lagoa da Tijuca, a mansão conta com piscina e campo de futebol.
Caso não haja interessados na primeira chamada, o lance mínimo cairá para R$ 4,5 milhões no mesmo dia. Documentos indicam que o IPTU vinha sendo pago pela irmã de Romário, Zoraidi de Souza Faria.
A lancha All Mare
A lancha “All Mare”, avaliada em R$ 1,1 milhão, também será leiloada. Com 15,5 metros de comprimento e dois motores de 435 cavalos, a embarcação está ancorada na Marina da Glória e registrada em nome da irmã do senador.
Os carros de luxo
Três veículos completam a lista de bens:
• Porsche Macan Turbo 2015 – avaliado em R$ 267,8 mil, em nome da irmã de Romário;
• Audi RS6 Avanti 2015 – avaliado em R$ 391,5 mil, em nome da mãe do senador, falecida em 2024;
• Peugeot 2008 Allure 2017 – avaliado em R$ 53 mil, registrado também em nome de Zoraidi.
Os dois primeiros foram apreendidos pela Justiça em 2018.
Defesa contesta
A defesa de Romário informou que recorreu da decisão. Em nota, afirmou que “o processo foi iniciado há mais de 20 anos, marcado por cobranças absolutamente desproporcionais e exorbitantes”, e disse confiar na reversão do caso.
Romário já foi condenado em outro processo por fraude à execução de dívidas. Reportagens anteriores também apontaram que o senador teria ocultado patrimônio em nome de familiares, o que dificultou o pagamento aos credores.
Com o leilão agendado, a Justiça busca avançar em uma cobrança que atravessa duas décadas e continua sendo alvo de disputas judiciais.




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