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Lar da Mulher: acolhimento e esperança para vítimas de violência doméstica

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 31 de mar.
  • 2 min de leitura

Desde sua criação em março de 2007, o Lar da Mulher, abrigo estadual voltado para vítimas de violência doméstica sob risco de morte, já ofereceu proteção a 3.446 pessoas. Localizado em endereço sigiloso no Rio de Janeiro, o espaço acolheu 1.478 mulheres e 1.968 crianças, garantindo não apenas segurança, mas também suporte para um novo começo.


O abrigo, administrado pelo RioSolidario em parceria com a Loterj e o Governo do Estado, oferece atendimento 24 horas por dia e abriga vítimas por até seis meses. No local, as mulheres têm acesso a serviços de saúde, apoio jurídico e psicológico, além de incentivo à reinserção no mercado de trabalho. As crianças são encaminhadas para escolas da rede pública, permitindo que continuem seus estudos mesmo durante o período de acolhimento.


Com 1.300 metros quadrados, o Lar da Mulher conta com 15 quartos, brinquedoteca, berçário, sala de jogos, refeitório, salão de beleza e um jardim, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para as vítimas. Só em 2024, 107 mulheres e 108 crianças já foram atendidas pelo abrigo.


Recomeço longe da violência


Entre as histórias de superação que passam pelo abrigo, está a de Maria (nome fictício). Durante dez anos, ela foi vítima de agressões do companheiro, que tentou matá-la duas vezes, a última delas no fim do ano passado, com uma faca. Após procurar uma delegacia, foi encaminhada com as duas filhas ao Lar da Mulher.


— Quando o delegado perguntou se eu queria ir para um abrigo, fiquei com medo. Achei que seria um lugar precário, mas me surpreendi. Aqui tudo é limpo, tem cama confortável, chuveiro e comida boa. Minhas filhas puderam continuar na escola. Agora estou com documentos regularizados, fiz cadastro no Bolsa Família e quero voltar a trabalhar — conta Maria.


A assistente social Marta Pereira, que trabalha no abrigo desde sua inauguração, destaca que muitas mulheres conseguem recomeçar suas vidas.


— Vi mulheres de diferentes idades, classes sociais e histórias, mas muitas delas conseguiram romper o ciclo da violência. Uma das histórias mais marcantes foi a de uma mulher que veio fugida de São Paulo com cinco filhas. Ela ficou aqui pelo período máximo, se recuperou, casou novamente e encaminhou todas as filhas. Saber disso dá sentido ao nosso trabalho — relata.


Como pedir ajuda?


O acolhimento no Lar da Mulher ocorre por meio dos Centros Especializados de Atendimento à Mulher (CEAMs) e delegacias especializadas. Além disso, vítimas de violência podem buscar ajuda pelo aplicativo Rede Mulher, que permite solicitar medidas protetivas, registrar ocorrências online e chamar a Polícia Militar com apenas um clique.


A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas, todos os dias, pelo telefone 180 ou pelo WhatsApp (61) 9610-0180. Em casos de emergência, o contato deve ser feito diretamente com a Polícia Militar (190).


Se você ou alguém que conhece está em situação de violência, procure ajuda. Romper o ciclo do abuso é o primeiro passo para um futuro mais seguro.


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