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Light muda códigos dos clientes e aumenta incertezas sobre transparência no atendimento

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 4 de out.
  • 2 min de leitura

A conta de luz dos consumidores atendidos pela Light vai mudar novamente. Até 1º de janeiro de 2026, a concessionária pretende concluir a atualização dos números de identificação das unidades consumidoras, que passarão a ter 15 dígitos. A medida segue determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio da Resolução nº 1.095/2024.


Segundo a empresa, a alteração é apenas técnica — muda o código do cliente, mas não afeta a medição nem o fornecimento de energia. O novo número será formado por três partes: sequência numérica, identificação da distribuidora e dígitos verificadores.


Na prática, porém, o anúncio tem gerado dúvidas e desconfiança entre consumidores. A Light vive um dos momentos mais delicados de sua história recente, cercada por reclamações sobre cobranças indevidas, falhas no atendimento e demora na resolução de problemas. Qualquer nova mudança, mesmo que operacional, tende a despertar preocupação entre os usuários.


Padronização ou complicação?


A Aneel afirma que o objetivo da mudança é padronizar o formato dos códigos em todo o país, facilitando a integração de dados entre concessionárias e órgãos reguladores. A Light garante que o processo será automático e gradual, sem necessidade de ação por parte do consumidor.


Mas, até 31 de dezembro de 2026, dois códigos poderão coexistir: o antigo e o novo. Essa transição, embora técnica, pode causar confusão em cadastros, pagamentos automáticos e atendimentos por telefone ou aplicativos.


Para tentar reduzir problemas, as faturas já trazem, desde 1º de outubro, um aviso sobre a atualização. A mensagem explica que a mudança é regulatória e não altera o fornecimento de energia — um texto genérico, que pouca gente lê ou entende em meio às contas cada vez mais altas.


Impactos práticos


A Light afirma que a nova numeração deve facilitar o cadastramento de famílias de baixa renda no CadÚnico, usado para concessão da Tarifa Social de energia elétrica, e agilizar o atendimento. No entanto, especialistas apontam que melhorias tecnológicas pouco significam se a empresa não resolver os problemas básicos de atendimento e transparência.


Em 2024, a Light foi uma das distribuidoras mais reclamadas do país, segundo dados da Aneel e do Procon-RJ. A empresa enfrenta também processos judiciais e investigação sobre sua gestão financeira, o que reforça a desconfiança dos consumidores.


Canais de atendimento


A concessionária orienta que os clientes acompanhem as mudanças pelos canais oficiais: site (Agência Virtual), aplicativo e WhatsApp da assistente virtual Lia, no número (21) 99981-6059.


Enquanto a atualização dos códigos é apresentada como um passo técnico em direção à modernização, para muitos consumidores ela se soma a uma longa lista de mudanças que nem sempre vêm acompanhadas da clareza e eficiência que a Light promete — mas ainda não entrega.



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