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Lindbergh Farias depõe à PF em inquérito sobre atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 2 de jun.
  • 2 min de leitura

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, presta depoimento nesta segunda-feira (3) à Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que apura a conduta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. A investigação foi aberta após denúncia do próprio Lindbergh, que acusa o parlamentar de coação no curso do processo, obstrução da Justiça e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.


O depoimento está marcado para as 15h, na sede da PF. De acordo com Lindbergh, ele apresentará documentos e vídeos que, segundo ele, comprovam que Eduardo tem atuado para interferir em processos judiciais brasileiros, buscando apoio de autoridades americanas para aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator das ações penais que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados.


Atualmente licenciado do mandato, Eduardo vive nos Estados Unidos desde fevereiro. Durante esse período, manteve reuniões com políticos ligados ao ex-presidente Donald Trump, articulando medidas como bloqueio de bens, restrições financeiras e veto de entrada nos EUA contra Moraes.


A Procuradoria-Geral da República (PGR) acolheu a denúncia de Lindbergh e solicitou a abertura do inquérito. Na manifestação encaminhada ao STF, o procurador-geral Paulo Gonet destacou postagens e entrevistas de Eduardo Bolsonaro, nas quais o deputado declara trabalhar para que autoridades norte-americanas imponham sanções a Moraes.


— Há tom claramente intimidador, dirigido a agentes públicos que atuam na investigação, acusação e julgamento, com o objetivo de provocar providências impróprias que interfiram em possíveis condenações — afirmou Gonet no documento.


O procurador também frisou que a atuação de Eduardo é motivada por retaliação e representa ameaça não só a integrantes do STF, da Polícia Federal e do Ministério Público, como também a seus familiares.


A crise institucional brasileira ganhou repercussão internacional na última quarta-feira (29), quando o senador norte-americano Marco Rubio comentou a possibilidade de sanções contra Alexandre de Moraes. Durante uma audiência no Congresso dos EUA, Rubio respondeu a questionamento do deputado republicano Cory Mills, que acusou o Judiciário brasileiro de perseguir adversários políticos. O senador afirmou que existe uma “grande possibilidade” de o governo Trump, caso retorne ao poder, aplicar punições contra o ministro do STF.


As investigações seguem em andamento na Polícia Federal, enquanto cresce a pressão diplomática e política em torno do caso.



 
 
 

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