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Lula demite presidente do INSS após operação da PF revelar esquema bilionário de fraudes em aposentadorias

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, nesta quarta-feira (23), a exoneração de Alessandro Stefanutto do cargo de presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi tomada após o nome de Stefanutto ser citado em uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.


Segundo informações divulgadas inicialmente pela Folha de S.Paulo, Lula comunicou a demissão ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, logo após ser informado sobre os desdobramentos da investigação por autoridades da PF e da CGU. A avaliação no Palácio do Planalto foi de que a permanência de Stefanutto à frente do INSS havia se tornado insustentável diante da gravidade das acusações e do impacto direto na vida de milhões de beneficiários da Previdência.


Pela manhã, o ministro Carlos Lupi havia resistido à ideia de afastamento, chegando a classificar Stefanutto como “um servidor exemplar”. “Não podemos queimar na fogueira uma pessoa sem saber do que ela está sendo acusada”, disse Lupi, afirmando desconhecer detalhes da apuração. No entanto, horas depois, prevaleceu a determinação presidencial.


Além de Stefanutto, outros quatro altos servidores do INSS foram exonerados: o procurador-geral do órgão, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho; o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa; o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente; e o coordenador-geral de Pagamentos e Benefício — estes dois últimos ainda sem nomes divulgados.

O esquema investigado envolve associações que efetuavam mensalmente descontos em benefícios previdenciários sem autorização dos aposentados, sob a justificativa de prestação de serviços de assistência. Segundo a investigação, essas entidades atuavam com pouca ou nenhuma estrutura real, caracterizando fraude sistemática contra os segurados.


A exoneração em bloco foi apresentada pelo governo como uma medida de firmeza e compromisso com a defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas. Fontes do Planalto reforçaram que a atual gestão não tolera irregularidades e considera o combate a fraudes uma prioridade absoluta.


Até o momento, Stefanutto e os demais exonerados não se pronunciaram publicamente. A equipe de reportagem da Folha de S.Paulo informou que tentou contato por meio da assessoria do INSS, mas não obteve resposta.


O governo deve anunciar nos próximos dias o nome do novo presidente do INSS, que terá a missão de recuperar a credibilidade da instituição em meio à crise.




 
 
 

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