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Lula Enfrenta Resistências Internas no PT sobre Indicação de Edinho Silva para Presidência

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 8 de mar.
  • 2 min de leitura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na noite de quinta-feira (6), de uma reunião fechada com integrantes da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), onde foram levantadas críticas à indicação de Edinho Silva para a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT). O encontro, que não constava na agenda oficial de Lula, aconteceu no apartamento da futura ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em Brasília.


Durante a reunião, os dirigentes da CNB expressaram resistência à candidatura de Edinho, alertando que, mesmo com o apoio de Lula, ele teria dificuldades para ser eleito. Foram discutidos outros nomes como opções viáveis para a liderança do PT, incluindo o senador Humberto Costa (PE), o deputado Rui Falcão (SP), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), e Paulo Okamoto, presidente da Fundação Perseu Abramo. A ideia de uma candidatura do ex-ministro José Dirceu também foi sugerida, mas foi rapidamente descartada por Lula, que argumentou que Dirceu deveria focar em uma candidatura à Câmara em 2026.


Uma das críticas centrais a Edinho foi a condução de sua campanha sem o devido alinhamento com a direção atual do partido. Além disso, mencionou-se a presença de Edinho em um evento com o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, o empresário Márcio Toledo e a ex-prefeita Marta Suplicy, em São Paulo, onde Edinho defendeu uma aliança entre setores da esquerda e do centro para enfrentar a direita bolsonarista nas eleições de 2026.


Quaquá Defende Pacificação no PT


O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, também se manifestou sobre a situação e enfatizou que qualquer candidatura à presidência do PT deve ser articulada por Gleisi Hoffmann. Quaquá destacou que o partido precisa ser pacificado e afirmou: “O importante é que o próximo presidente do PT não concorra politicamente com a ministra.”


Mandato Interino de Humberto Costa


Diante do impasse, foi decidido que o senador Humberto Costa assumirá interinamente a presidência do PT. Gleisi Hoffmann, que tomará posse na Secretaria de Relações Institucionais na próxima segunda-feira (10), formalizou a escolha de Costa em reunião na sexta-feira (7). O mandato interino de Costa será submetido ao diretório nacional no prazo de 60 dias, conforme o estatuto partidário, e vai até julho, quando o PT realizará eleições para definir seu novo presidente.


A disputa interna no PT reflete a insatisfação de setores da CNB com a escolha de Lula e a resistência a mudanças na liderança do partido. No mês passado, um jantar organizado para apresentar Edinho Silva foi cancelado após críticas em um grupo de WhatsApp da corrente majoritária, evidenciando um racha no partido e um desafio significativo para Lula na definição do futuro da sigla.



 
 
 

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