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Lula presta homenagem a Mujica no Uruguai e diz que “pessoas como ele não morrem”

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 15 de mai.
  • 2 min de leitura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quinta-feira (15) do velório do ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica, morto aos 89 anos. A cerimônia ocorreu em Montevidéu, capital do Uruguai. Em declaração emocionada, Lula afirmou que “pessoas como Mujica não morrem” e que o legado do líder uruguaio seguirá vivo nas lutas por justiça e igualdade.


“Se foi o corpo dele, a carne dele se vai, mas as ideias que Pepe Mujica plantou em todos esses anos […] isso é uma dádiva de Deus”, afirmou o presidente, relembrando a trajetória de Mujica, que passou 14 anos preso durante a ditadura militar e saiu da prisão sem ódio dos seus algozes.


Mujica enfrentava um câncer avançado. Reconhecido internacionalmente pela simplicidade e firmeza política, ele se tornou uma das principais vozes da esquerda latino-americana nas últimas décadas.


Durante o discurso, Lula classificou o ex-presidente uruguaio como “um ser humano superior” e “uma figura especial, carinhosa, que aprendi a admirar e seguir”. O petista também comparou a perda de Mujica à recente morte do papa Francisco, a quem se referiu como outra “figura irreparável” da atualidade.


“O mundo teve duas perdas irreparáveis nas últimas semanas. Espero que os dois, onde estiverem, olhem por nós e abençoem a humanidade para que ela seja mais fraterna e solidária”, disse Lula.


O presidente também destacou a capacidade de Mujica de dialogar com os jovens e fazer política com honestidade e generosidade. Em dezembro de 2023, Lula condecorou Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta honraria brasileira para estrangeiros. Na ocasião, o chamou de “a pessoa mais extraordinária” que conheceu.


Lula estava acompanhado da primeira-dama Janja da Silva e de uma comitiva que incluiu o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), o senador Humberto Costa (PT-PE), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.


Boulos, aliás, é apontado como um possível nome para substituir Macêdo na Secretaria-Geral da Presidência.


Mais do que uma despedida pessoal, a presença de Lula no velório representou um tributo político ao legado de Mujica. “Sua vida foi um exemplo de que a luta política e a doçura podem andar juntas”, declarou o presidente.


 
 
 

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