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Manutenção de cemitério em Amparo expõe contraste com abandono em outros pontos da cidade

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 14 de abr.
  • 2 min de leitura

A Prefeitura de Barra Mansa anunciou com destaque a realização de serviços de limpeza e manutenção no Cemitério Municipal do Distrito de Amparo. A iniciativa, segundo o comunicado oficial, visa garantir dignidade aos visitantes e reforçar o cuidado com a memória dos cidadãos. No entanto, a ação isolada levanta um questionamento inevitável: por que esse zelo não se estende com a mesma intensidade a outros espaços públicos da cidade?


A roçagem, capina, poda de árvores e demais cuidados no cemitério são, sem dúvida, necessários e bem-vindos. No entanto, moradores de diversos bairros continuam convivendo com praças abandonadas, ruas esburacadas, falta de iluminação pública e mato alto — em alguns casos, ao lado de escolas e postos de saúde. A desigualdade na distribuição de esforços e recursos é visível.


Enquanto o discurso oficial fala em “respeito e empatia com as famílias”, moradores de regiões mais populosas esperam por ações concretas que tragam conforto aos vivos: transporte digno, infraestrutura básica e segurança. O cronograma de manutenção dos cemitérios é citado como “frequente e planejado”, mas onde está o mesmo planejamento para resolver problemas crônicos do cotidiano urbano?


Não se questiona a importância de cuidar dos espaços de memória — ao contrário, esse cuidado é essencial. O que se cobra é coerência administrativa e compromisso amplo com a cidade como um todo. A população não pode ser lembrada apenas em datas pontuais ou em ações pontilhadas para gerar boas manchetes. O zelo deve ser regra, não exceção.


A pergunta que fica é: se há estrutura e organização para manter cemitérios em bom estado, por que não há a mesma eficácia nas demais áreas da administração pública? A cidade está atenta — e cada vez mais exigente com promessas que não saem do papel.




 
 
 

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