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Marcha do 8 de Março em Brasília pede políticas públicas e combate ao feminicídio

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 9 de mar.
  • 2 min de leitura

Cerca de 30 movimentos sociais, entidades e partidos políticos de esquerda participaram, neste sábado (8), da Marcha 8M Unificadas DF e Entorno, em Brasília. O ato, realizado no Dia Internacional da Mulher, reuniu mulheres e homens na área central da capital para reivindicar políticas públicas efetivas para as mulheres e o combate à violência de gênero e ao feminicídio.


“Uma marcha pela vida das mulheres”


Para Rita Andrade, do Levante Feminista Contra o Feminicídio, o dia 8 de março é um momento de celebrar conquistas, mas também de reforçar a luta feminista.


“A gente diz que, acima de tudo, é uma marcha pela vida de todas as mulheres, contra o machismo, o racismo e o fascismo, sem anistia. Esse é o mote deste ano”, afirmou.


Ana Paula Cusinato, da Marcha Mundial de Mulheres, reforçou a necessidade de políticas públicas e destacou que a igualdade de gênero beneficia toda a sociedade.


“O feminismo que a gente defende, que é o feminismo da classe trabalhadora, precisa ser abraçado também pelos homens que nos apoiam. Porque uma sociedade igual, com igualdade entre homens e mulheres, será boa para todas as pessoas”, declarou.


Direitos das trabalhadoras e mães atípicas


A estudante Luiza Eineck, do movimento Pão e Rosas, cobrou políticas públicas para as mulheres trabalhadoras, que enfrentam precarização do trabalho, jornadas duplas e exploração. O movimento defende o fim da escala de trabalho 6x1 e a redução da jornada para 30 horas semanais sem redução salarial.


Andrea Medrado, da Frente Parlamentar pela Educação Inclusiva, levou à marcha as reivindicações das mães atípicas – aquelas que cuidam de filhos com deficiência. Segundo ela, muitas precisam abandonar o mercado de trabalho para exercer cuidados integrais, sem reconhecimento ou remuneração.


“Nós lutamos pela economia do cuidado, por um olhar para as mães atípicas. Muitas de nós não têm um meio de ser remuneradas, porque o cuidado não é visto como um trabalho. Estamos aqui para dizer que as mães atípicas existem, elas resistem”, declarou.


Feminicídio e educação para a igualdade


Adalgiza Aguiar, coordenadora do Núcleo de Gênero do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, ressaltou a necessidade de cobrar do poder público a implementação e fiscalização das políticas públicas para mulheres.


“Nós articulamos e fiscalizamos as políticas públicas para que os poderes executivos e o sistema de justiça façam valer os direitos das mulheres”, explicou.


Ela destacou que o combate à violência de gênero deve começar na educação, promovendo a conscientização sobre igualdade de direitos e o fim da discriminação.


“O feminicídio precisa ser combatido na raiz. Precisamos ir às escolas, universidades e fazer campanhas de conscientização, porque a educação é fundamental para acabar com essa violência contra as mulheres”, afirmou.


Cultura e resistência


O ato contou com apresentações culturais e musicais. Thamy Frisselli, uma das organizadoras, destacou que a luta também deve ser feita com alegria.


“Mesmo em luta, nós estamos sorrindo, estamos felizes, porque queremos viver e conquistar políticas públicas que realmente nos atendam”, disse.

Fonte Agência Brasil


Foto José Cruz



 
 
 

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