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Ministros do STF veem possível preparação para fuga de Bolsonaro com ida de Eduardo aos EUA

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 23 de mar.
  • 2 min de leitura

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a ida do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para os Estados Unidos pode significar mais do que a narrativa pública de perseguição política. Segundo informações divulgadas pelo blog da jornalista Andréia Sadi, membros da Corte não descartam a possibilidade de o movimento fazer parte de uma estratégia para preparar uma possível fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele seja condenado pela tentativa de golpe de Estado.


“É um cálculo político: possuem palco fora, nos EUA, e podem preparar a fuga do pai, que vão chamar de exílio”, afirmou um ministro do STF em condição de anonimato.


Fracasso em Copacabana e mudança de estratégia


A avaliação no STF é de que o fracasso da manifestação em Copacabana, realizada no início de março em defesa da anistia para os envolvidos nos atos antidemocráticos, marcou um divisor de águas na estratégia da família Bolsonaro. O evento teve adesão abaixo do esperado, sinalizando a dificuldade em mobilizar apoiadores em grande escala.


De acordo com a Polícia Federal (PF), Bolsonaro planejava permanecer nos Estados Unidos enquanto aguardava o desfecho da tentativa de golpe, no final de 2022. A quebra de sigilo bancário revelou que, antes de viajar para o país, o ex-presidente fez uma transferência de R$ 800 mil para contas no exterior. Com o avanço das investigações, ministros e integrantes da PF não descartam a possibilidade de Bolsonaro tentar novamente buscar refúgio internacional caso seja condenado.


Decisão de Eduardo foi improvisada


Aliados próximos ao núcleo bolsonarista afirmam que a decisão de Eduardo Bolsonaro de se mudar para os EUA foi tomada de forma impulsiva, surpreendendo até o próprio pai.


“Ele não tinha nem roupa para esse período de mudança”, relatou um aliado, destacando que a escolha ocorreu após o deputado passar uma semana em solo norte-americano.


Além disso, interlocutores bolsonaristas reconhecem que a presença de Eduardo nos EUA também busca pressionar por medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, que enfrenta questionamentos jurídicos em território norte-americano.


Temor de perder o passaporte e aposta em Trump


Outro fator que pesou na decisão, segundo fontes próximas, foi o receio de Eduardo Bolsonaro de perder o passaporte, assim como há possibilidade de ocorrer com o ex-presidente em função das investigações.


Há, ainda, uma forte expectativa entre aliados de que uma eventual volta de Donald Trump ao poder em 2025 poderia representar uma oportunidade para proteger Bolsonaro de eventuais punições no Brasil.


“Bolsonaro não tem saída jurídica. Só tem saída se Trump se comover e decidir embarcar em alguma defesa política dele”, afirmou um dos principais interlocutores políticos do ex-presidente.


Bolsonaro nega que irá deixar o Brasil


Apesar das especulações, Jair Bolsonaro negou, em entrevista à revista Oeste na última quarta-feira (19), qualquer intenção de deixar o Brasil.




 
 
 

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