Moradores de Paraty acusam igreja evangélica de perturbar o sossego com cultos em alto volume
- Marcus Modesto
- 9 de ago.
- 2 min de leitura
Reclamações diárias apontam desrespeito à lei do silêncio e falta de fiscalização
Paraty — Um grupo de moradores da região central de Paraty afirma viver um verdadeiro tormento por causa do barulho vindo de uma igreja evangélica localizada ao lado da empresa Águas de Paraty e da Farmácia Quinta Avenida. Segundo relatos, os cultos começam diariamente às 7h da manhã e são conduzidos com microfone e caixas de som em alto volume, com cânticos e gritos que chegam a ser ouvidos em prédios, pousadas e comércios no entorno.
De acordo com os vizinhos, o incômodo é constante e prejudica tanto o descanso de quem mora no local quanto a rotina de turistas hospedados nas pelo menos cinco pousadas próximas. “Acordamos todos os dias com gritaria e exorcismos. É como se fosse uma tortura diária. Já denunciamos várias vezes, mas nada é feito. Falta empatia e respeito”, disse uma moradora.
Os reclamantes afirmam que a situação se arrasta há meses, mesmo após repetidas denúncias a órgãos públicos como a Prefeitura de Paraty e a Secretaria de Segurança e Ordem Pública. Eles alegam que não há isolamento acústico no templo e que o volume ultrapassa os limites permitidos pela lei municipal.
“Deus não é surdo, Jesus não é surdo. Não há necessidade de gritar tanto, todos os dias, várias vezes ao dia”, desabafou outro morador, que também afirma que a igreja não respeita o direito ao silêncio da vizinhança.
Além do barulho da manhã, moradores relatam que à noite enfrentam o som alto de bares próximos, tornando a situação insustentável. “Estamos exaustos. O poder público precisa agir para que a lei seja cumprida”, concluíram.
Até a publicação desta matéria, a igreja não havia se manifestado sobre as denúncias.
Imagem ilustrativa




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