Morte em passagem de nível reforça urgência de passagem subterrânea em Barra Mansa
- Marcus Modesto
- 30 de mar.
- 2 min de leitura
Barra Mansa, RJ – A necessidade urgente de uma passagem subterrânea para pedestres voltou ao centro dos debates após um trágico acidente na noite deste sábado (29). Maria Antônia Lima de Souza, de 73 anos, morreu ao ser atingida por vagões de um trem na passagem de nível da Rua Alberto Mutel, entre a Ponte dos Arcos e a Praça da Liberdade.
Segundo testemunhas, a vítima tentava atravessar a linha férrea quando foi surpreendida pela composição. O maquinista não percebeu o atropelamento e seguiu viagem rumo a Volta Redonda. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas, prestaram socorro e encaminharam Maria Antônia para a Santa Casa de Barra Mansa, mas ela não resistiu aos ferimentos.
Passagem de nível perigosa e o risco constante
O local do acidente é um dos pontos de maior fluxo de pedestres na cidade e há anos moradores cobram uma solução definitiva para os riscos que a passagem representa. Sem qualquer estrutura segura para travessia, pedestres precisam atravessar os trilhos entre os vagões parados ou correr para evitar o impacto quando o trem está em movimento.
Acidentes desse tipo não são raros em Barra Mansa. A cidade, cortada pela linha férrea, possui diversos pontos críticos onde moradores e trabalhadores se arriscam diariamente. O tempo que os trens permanecem bloqueando a passagem também é um problema recorrente, levando muitos a tentarem cruzar os trilhos de maneira insegura.
Cobrança por soluções definitivas
Diante da tragédia, a população voltou a reivindicar medidas urgentes para evitar novas mortes. A principal solução apontada por especialistas e lideranças locais é a construção de uma passagem subterrânea, garantindo que pedestres possam atravessar com segurança, sem depender da movimentação dos trens.
A necessidade de investimentos em infraestrutura ferroviária segura já foi debatida em diversas ocasiões, mas até agora não houve avanços concretos. Com mais essa fatalidade, a pressão sobre as autoridades municipais e a empresa responsável pela linha férrea deve se intensificar.
Moradores e familiares da vítima cobram uma resposta imediata. “Quantas pessoas mais vão precisar morrer para que algo seja feito? Essa passagem de nível é um perigo, e já passou da hora de termos uma travessia segura”, desabafou um morador da região.
A reportagem procurou a administração municipal e a concessionária responsável pela ferrovia para comentar sobre o acidente e possíveis medidas preventivas, mas até o fechamento desta matéria, não houve

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