MRS Embarga Obra da Prefeitura: Promessas Vazias, Cidade Esquecida
- Marcus Modesto
- 26 de jan.
- 2 min de leitura
Mais uma vez, a Prefeitura acena com promessas de progresso. E, mais uma vez, a realidade desmente o discurso oficial. O tão anunciado projeto de revitalização do terreno onde ficava o histórico galpão da Rede Mineira de Viação (RMV) segue no limbo, soterrado por desculpas e falta de planejamento.
O galpão, que fazia parte do patrimônio histórico da cidade, foi demolido pela própria Prefeitura em 2022, sob a justificativa de que o espaço seria revitalizado e daria lugar a uma escola de corte e costura. Dois anos se passaram, e o que se vê hoje é um terreno abandonado, sem qualquer sinal de obras ou melhorias. Agora, a justificativa para o impasse é a falta de autorização da MRS para o início das intervenções.
Mas a questão óbvia permanece: por que anunciar um projeto sem sequer garantir as permissões necessárias? Como um plano pode ser divulgado com tanto entusiasmo sem a mínima viabilidade concreta?
O roteiro se repete. Projetos que não saem do papel, melhorias que nunca chegam e uma gestão pública que parece mais preocupada em criar expectativas do que em concretizar mudanças. Enquanto discursos grandiosos pintam um futuro promissor, a população segue convivendo com ruas esburacadas, espaços públicos degradados e uma cidade cada vez mais marcada pelo descaso.
A Prefeitura, até o momento, não se pronunciou sobre o embargo da MRS, deixando a população sem respostas e sem qualquer previsão de quando – ou se – a prometida revitalização será, de fato, realizada.
O problema não é a falta de ideias, mas a ausência de comprometimento. Prometer é fácil; cumprir exige planejamento, seriedade e respeito pelo cidadão. E, enquanto a administração municipal coleciona promessas vazias, a população segue esperando – e pagando a conta – de uma cidade que insiste em ser esquecida.

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