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Mutirão nacional do SUS supera 100 mil atendimentos e mira redução de filas por especialidades

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

O Sistema Único de Saúde realizou, no último fim de semana, uma ação de grande escala voltada à redução das filas por consultas, exames e cirurgias eletivas. Em apenas dois dias, mais de 100 mil atendimentos foram registrados em todo o país, segundo balanço apresentado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante entrevista à EBC. Desse total, cerca de 60 mil procedimentos envolveram cirurgias e exames de maior complexidade.


A mobilização faz parte do programa Agora Tem Especialistas, criado para enfrentar a demora no acesso a atendimentos especializados. Participaram da ação 188 hospitais, incluindo Santas Casas, instituições filantrópicas, hospitais universitários da rede Ebserh e unidades federais vinculadas ao Ministério da Saúde.


Ação concentrada e força-tarefa de profissionais


De acordo com o Ministério da Saúde, o volume de procedimentos realizados em um único fim de semana é considerado inédito. Para viabilizar a ação, equipes médicas e profissionais de saúde que normalmente atuam apenas em atendimentos de urgência aos fins de semana foram deslocados para cirurgias eletivas e exames programados.


Segundo Padilha, parte expressiva dos pacientes atendidos aguardava há longos períodos. Muitos estavam na fila há meses ou até anos, especialmente para procedimentos que dependem de estrutura hospitalar e profissionais especializados.


Uso combinado das redes pública e privada


O programa Agora Tem Especialistas foi estruturado em parceria com estados e municípios e prevê o uso combinado das redes pública, filantrópica e privada. Clínicas e hospitais privados podem ser credenciados para atender pacientes do SUS em áreas consideradas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.


A estratégia busca ampliar a capacidade de atendimento em até 30%, além de reduzir a pressão sobre policlínicas, UPAs e centros cirúrgicos. Para isso, o governo federal reformulou os valores pagos pelos procedimentos, com reajustes que chegam a ser duas ou três vezes superiores aos praticados anteriormente.


Incentivos e próximos passos


Outro ponto destacado pelo Ministério da Saúde é a entrada de hospitais privados que não atuavam no SUS, com possibilidade de compensação financeira por meio de abatimento de dívidas ou redução de tributos. A expectativa é que a medida contribua para diminuir o tempo de espera em especialidades com maior demanda reprimida.


O próximo mutirão nacional já tem data prevista: março de 2026. A ação será voltada especificamente à saúde da mulher, com foco em cirurgias de mioma, endometriose, procedimentos para incontinência urinária e ampliação do diagnóstico e tratamento do câncer.


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