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Nova cúpula do Congresso: parceria ou tensão com o Planalto?

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 3 de fev.
  • 2 min de leitura

Política:

Os recém-eleitos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mal assumiram e já estão diante de um teste de fogo: equilibrar o jogo entre o governo e um Congresso cada vez mais independente.


Nesta segunda-feira (3), Lula os recebe no Palácio do Planalto para apresentar sua lista de prioridades. A pauta inclui desde o orçamento de 2025 até a ampliação da isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil. Mas a questão central não está nos projetos em si, e sim na relação que o governo conseguirá estabelecer com a nova cúpula do Legislativo.


Nos discursos de posse, tanto Motta quanto Alcolumbre enviaram sinais ambíguos. Falaram em diálogo, mas também em firmeza e autonomia parlamentar. O novo presidente da Câmara já deixou claro que as emendas parlamentares continuarão sendo um tema sensível – um recado direto ao Planalto. Já Alcolumbre promete “coragem” para lidar com Executivo, Judiciário e até a imprensa.


O histórico recente mostra que a relação entre Lula e o Congresso oscila entre momentos de harmonia – como na reforma tributária e na reação ao 8 de janeiro – e crises, como nas desonerações e no polêmico “arcabouço” das emendas.


Com 2025 sendo um ano pré-eleitoral, o governo precisará de habilidade política para garantir que suas pautas avancem sem ceder demais ao centrão. Afinal, Motta e Alcolumbre foram eleitos com apoio do Planalto, mas também da oposição – um sinal claro de que o Congresso não pretende ser um puxadinho do Executivo.


Resta saber até que ponto essa “parceria institucional” será de fato uma parceria – ou apenas mais um jogo de pressões e barganhas que marcaram os últimos anos da política brasileira.



 
 
 

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