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Novo incidente no Cristo Redentor expõe falhas de segurança e fiscalização

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 18 de abr.
  • 2 min de leitura

Um mês após a morte de um turista nas escadarias do Cristo Redentor, um novo incidente reacendeu o alerta sobre a segurança no principal ponto turístico do país. Na tarde desta quinta-feira (18), um adolescente chileno foi atingido por um pedestal que caiu com a força dos ventos no platô do monumento, localizado no alto do Corcovado.


Em resposta ao ocorrido, equipes da Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor e do Procon-RJ estiveram no local nesta Sexta-feira da Paixão e notificaram a Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro, responsável pela administração do espaço. A vistoria apontou que estruturas montadas para eventos na área não possuíam autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nem do Corpo de Bombeiros.


Como medida imediata, a Secretaria determinou a suspensão de qualquer nova instalação no local até que todos os documentos exigidos sejam apresentados.

— Há a necessidade de autorização do Iphan por se tratar de um monumento tombado, e também do Corpo de Bombeiros, para garantir que os eventos não representem riscos aos consumidores — afirmou o secretário estadual de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca.


Também foi exigida a desmontagem imediata das estruturas envolvidas no acidente. A reinstalação só poderá ser feita mediante protocolo formal para a realização de eventos e o uso de equipamentos provisórios junto aos órgãos competentes.


O caso reacende a discussão sobre a segurança no Cristo Redentor, que recebe milhares de visitantes todos os dias. Em 17 de março, o monumento foi interditado após a morte de Jorge Alex Duarte, de 54 anos, vítima de um infarto nas escadarias do santuário. Na ocasião, foi constatado que o posto de saúde previsto para operar no local estava fechado, o que atrasou o socorro. A tragédia também evidenciou falhas de acessibilidade e sinalização, resultando na suspensão temporária da venda de ingressos e do transporte ao topo do morro.


A concessionária Trem do Corcovado, responsável pelo trajeto até o Cristo, afirmou à época que a interrupção dos serviços se deu em razão do fechamento do ponto turístico. Em nota, ressaltou que sua responsabilidade se restringe à operação e manutenção da via férrea, e não à infraestrutura do platô.


Com o novo acidente, autoridades avaliam novamente a segurança do local e não descartam nova interdição caso as exigências não sejam cumpridas. O Cristo Redentor, cartão-postal do Brasil, segue sob atenção redobrada de órgãos de fiscalização e da opinião pública.


 
 
 

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