O prefeito fanfarrão e o churrasco com verba alheia
- Marcus Modesto
- 5 de jul.
- 2 min de leitura
Enquanto as máquinas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) avançam nas obras do Pátio de Manobras no centro de Barra Mansa, o prefeito da cidade parece mais preocupado em posar para fotos e servir linguiça do que reconhecer o verdadeiro responsável por um dos maiores investimentos em mobilidade urbana da história do município: o Governo Federal, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva.
Numa cena digna de um reality show de mau gosto, o chefe do Executivo municipal resolveu promover um churrasco para os trabalhadores do DNIT — servidores que estão apenas cumprindo sua função técnica — como se a obra fosse fruto do suor do próprio prefeito. Com a boca cheia e o ego ainda mais inflado, ele discursou como se tivesse tirado do bolso cada tonelada de concreto despejada na readequação ferroviária. Não tirou. O dinheiro vem de Brasília, do PAC, dos cofres públicos federais.
O churrasco, que poderia ser um gesto simbólico de agradecimento, virou um espetáculo de autopromoção barata. Em vez de reconhecer a atuação do governo Lula, que liberou os recursos, retomou o projeto paralisado por gestões anteriores e colocou o DNIT para trabalhar em ritmo acelerado, o prefeito preferiu vestir o figurino do “grande realizador”. Não passa de encenação.
A obra do Pátio de Manobras não é municipal. Não é fruto de planejamento local. É resultado direto da política de reconstrução do país, do resgate da infraestrutura pública promovida pela atual gestão federal. Tentar transformar isso em capital político pessoal é, no mínimo, desonesto com a população que merece transparência e respeito.
Se o prefeito quer comemorar, que seja com humildade e reconhecimento. Que agradeça ao governo Lula, ao DNIT, aos engenheiros, aos operários, mas que pare de tentar reescrever a origem da obra. Não se combate o abandono com churrasco. Se governa com seriedade, responsabilidade e compromisso com a verdade.
No mais, o povo de Barra Mansa não precisa de prefeito animador de festa. Precisa de liderança que trabalhe com a cabeça, e não com o estômago.

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