O Rio Sob Tiroteio: A Normalização do Caos
- Marcus Modesto
- 12 de fev.
- 1 min de leitura
Marcus Modesto
Mais uma operação policial no Rio de Janeiro, mais um helicóptero alvejado, mais um dia em que cidadãos comuns se jogam no chão para escapar de balas perdidas. O que deveria ser um episódio excepcional se tornou rotina: confrontos entre criminosos e forças de segurança transformam a cidade em um campo de batalha, enquanto a população segue refém do medo.
O fato de um helicóptero blindado da Polícia Militar ser atingido por tiros e precisar fazer um pouso de emergência é um retrato da escalada da violência. Se nem mesmo aeronaves de segurança estão a salvo, o que dizer de moradores e trabalhadores que precisam atravessar essas áreas diariamente? O fechamento da Avenida Brasil e a interrupção do transporte público não são meros transtornos logísticos, mas a evidência de que a cidade vive sob um estado de guerra informal.
O discurso oficial sempre fala em operações “baseadas em inteligência”, mas a realidade mostra ações que, muitas vezes, resultam em tiroteios indiscriminados, sem desarticular verdadeiramente o poder das facções criminosas. Enquanto isso, a sensação de insegurança se perpetua, e os moradores seguem à mercê de um conflito que parece não ter fim. Até quando o Rio de Janeiro aceitará essa violência como parte do cotidiano?

Comentarios