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Onça-pintada volta a ser vista no Sul Fluminense após mais de 50 anos e reacende alerta ambiental

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 4 de out.
  • 2 min de leitura

O Sul Fluminense voltou a ser palco de um registro inédito da natureza. Uma câmera de monitoramento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) flagrou, na segunda-feira (29), uma onça-pintada circulando em área protegida do Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença (RJ). O registro, feito durante o dia, chamou atenção dos especialistas por se tratar de um comportamento incomum para a espécie, conhecida por ser de hábitos noturnos.


O fato marca o retorno de um animal que não era oficialmente visto na região há mais de meio século. O último registro confirmado de uma onça-pintada no estado do Rio de Janeiro data da década de 1970. Para os biólogos, a aparição é um indício de que os programas de conservação e as áreas de preservação permanente vêm surtindo efeito, permitindo que espécies ameaçadas encontrem abrigo novamente na Serra da Concórdia.


O Inea informou que o felino foi identificado em uma área isolada, sem risco de contato com moradores. Mesmo assim, a equipe técnica iniciou um plano especial de monitoramento e educação ambiental junto às comunidades do entorno. O objetivo é garantir a convivência segura entre o animal e a população local.


Entre as recomendações estão evitar aproximações e registros por conta própria, não deixar restos de alimentos em áreas abertas e manter animais domésticos dentro das propriedades durante a noite. O órgão também reforça que a caça de animais silvestres é crime ambiental e que as equipes de fiscalização seguem atentas à movimentação na região.


Mais do que um registro raro, a volta da onça-pintada simboliza a resistência da vida selvagem em um território cada vez mais impactado pela ação humana. O reaparecimento do maior felino das Américas em Valença é um convite à reflexão: preservar as florestas do Sul Fluminense não é apenas proteger a fauna — é garantir que o equilíbrio da própria natureza continue possível.


Foto Inea

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