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Operação desmantela esquema de R$ 6 bilhões em lavagem de dinheiro ligado a CV e PCC

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

Com fintechs ilegais, banco clandestino e 22 empresas de fachada, crime organizado criou rede para lavar dinheiro do tráfico no RJ e SP


A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quinta-feira (10) uma megaoperação contra um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro ligado às facções Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, o esquema movimentou cerca de R$ 6 bilhões em apenas um ano e representa “a maior investigação da história da Polícia Civil” em relação ao combate ao financiamento do tráfico.


A investigação revelou o uso de fintechs ilegais, intermediadoras de pagamento clandestinas — sem autorização do Banco Central — e até mesmo um banco digital criado exclusivamente para ocultar lucros oriundos do tráfico de drogas. O esquema envolvia 22 empresas de fachada e financiava diretamente as duas maiores facções criminosas do país.


“A investigação mostra o grau de sofisticação dessas organizações criminosas. É com esse dinheiro que se compra armas, se corrompe e se espalha o terror em comunidades”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Victor Santos.


A operação, parte da estratégia da Operação Contenção, cumpriu 46 mandados de busca e apreensão em diversos endereços do Rio de Janeiro e São Paulo. No estado do Rio, os alvos incluíram bairros das zonas Oeste, Norte e Sul da capital, além de cidades do interior e comunidades estratégicas como os complexos da Maré e do Fallet-Fogueteiro. Em São Paulo, os mandados foram executados na capital, Grande São Paulo, Santos, Praia Grande e Franca — onde um foragido da Justiça foi preso.


Coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), a operação contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) e da Polícia Civil de São Paulo.


Segundo os investigadores, os valores eram usados principalmente para a compra de armas e drogas, além de financiar disputas territoriais entre facções criminosas, especialmente na Zona Oeste do Rio.


Felipe Curi destacou o impacto da ação: “É um duro golpe no coração financeiro dessas facções. Sem dinheiro, o crime perde força e capacidade de expansão. Essa é a vocação da polícia judiciária. Esse é o futuro”.



 
 
 

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