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PEC da Blindagem enfrenta barreira no Senado e desgaste político crescente

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 17 de set.
  • 2 min de leitura

A chamada PEC da Blindagem, aprovada com folga na Câmara dos Deputados, deve ter destino bem diferente no Senado. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), descartou nesta terça-feira (16) qualquer chance de avanço da proposta na Casa. Segundo ele, o texto “não passa de jeito nenhum” na comissão.


A proposta concede a parlamentares uma série de proteções adicionais, como a exigência de autorização prévia das Casas para abertura de ações penais, votação secreta em casos de prisão e a ampliação do foro privilegiado para presidentes de partidos. Na prática, trata-se de um escudo político que aumenta a distância entre representantes e representados, blindando-os de investigações e do alcance da Justiça comum.


Otto Alencar foi direto: não há 49 votos para aprovar a medida no Senado — número mínimo para garantir os três quintos necessários. O cálculo político pesa ainda mais diante da proximidade das eleições de 2026. Senadores sabem que chancelar um pacote de privilégios pode se transformar em desgaste eleitoral imediato, num momento em que o descrédito do Congresso já atinge índices alarmantes.


O contexto reforça a fragilidade da pauta. Em votações recentes, como a que ampliou o número de deputados, a aprovação ocorreu apenas com o mínimo necessário. A tendência é que medidas impopulares, especialmente as que envolvem autoproteção parlamentar, fiquem travadas no Senado, onde o impacto da repercussão pública costuma ser mais decisivo.


A resistência no Senado expõe um contraste gritante: de um lado, deputados empenhados em fortalecer suas imunidades; de outro, senadores mais atentos ao desgaste político que tais medidas geram em pleno ano pré-eleitoral. O recado de Otto Alencar é claro — a blindagem não encontra terreno fértil no Senado e, ao menos por enquanto, não deverá prosperar.


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