Pesquisa aponta Flávio Bolsonaro como líder no Senado, mas rejeição elevada ameaça segundo voto
- Marcus Modesto
- 4 de set.
- 2 min de leitura
A mais recente pesquisa do Instituto Gerp, divulgada nesta quinta-feira (4), mostra que o senador Flávio Bolsonaro (PL) lidera a corrida pelo Senado no Rio de Janeiro em 2026. No entanto, o levantamento também revela que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta o maior índice de rejeição entre os pré-candidatos, o que pode limitar seu desempenho no voto para a segunda cadeira.
O estudo ouviu 1.100 eleitores em todas as regiões do estado, entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95,5%.
Intenções de voto
Na pesquisa estimulada para o primeiro voto ao Senado, Flávio Bolsonaro aparece com 32% das intenções, à frente de Benedita da Silva (PT), com 16%, Alessandro Molon (PSB), com 10%, e Claudio Castro (PL), atual governador, com 7%. Marcelo Crivella (Republicanos) surge com 6%, seguido por Pedro Paulo (PSD), com 5%, Carlos Portinho (PL), com 3%, e Otoni de Paula (MDB), com 1%.
No recorte para a escolha do segundo senador, a disputa fica mais equilibrada: Benedita da Silva e Claudio Castro aparecem com 14%, Flávio Bolsonaro cai para 15%, Molon tem 9%, Crivella 8% e Pedro Paulo 5%.
Rejeição: o fator decisivo
Apesar de liderar a corrida, Flávio Bolsonaro concentra a maior rejeição entre os eleitores fluminenses: 36% afirmam que não votariam nele de forma alguma. Em seguida aparecem Crivella (33%) e Benedita da Silva (32%). Já Molon registra apenas 13% de rejeição, o que lhe garante margem para crescimento em um cenário de alianças e maior exposição.
Os números indicam que, embora Flávio esteja praticamente garantido em uma das cadeiras, o alto índice de rejeição pode reduzir sua competitividade para atrair o segundo voto, abrindo espaço para adversários como Molon, Benedita e Claudio Castro.
Avaliação dos governos e impacto político
O levantamento também mediu o humor do eleitorado em relação às administrações estadual e federal. No Rio, 51% desaprovam a gestão de Cláudio Castro, contra 37% que aprovam. A avaliação pessoal do governador é ainda mais crítica: 53% consideram seu governo “ruim” ou “péssimo”.
No cenário nacional, 56% desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto 38% aprovam. A rejeição pessoal ao petista chega a 50% (“ruim” e “péssimo”), apesar de registrar leve alta nos índices de “bom” e “ótimo” em relação a julho.
Disputa aberta pela segunda vaga
O retrato desenhado pela pesquisa aponta que Flávio Bolsonaro deve se consolidar como favorito a uma das vagas. A segunda cadeira, entretanto, permanece em aberto e será definida pela capacidade dos concorrentes de reduzir rejeição e ampliar apoios regionais. Nesse campo, Molon desponta como o nome com maior espaço para crescimento, enquanto Benedita, Crivella e Castro disputam faixas específicas do eleitorado.
Com a fragmentação entre os principais candidatos e os altos índices de rejeição pesando contra figuras tradicionais, a disputa pelo Senado no Rio de Janeiro tende a ser uma das mais acirradas de 2026.




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