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Pesquisa aponta:Violência letal também cresce no Sul Fluminense, refletindo cenário estadual preocupante

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 12 de mai.
  • 2 min de leitura

O avanço da violência letal no estado do Rio de Janeiro em 2023 também se refletiu na região Sul Fluminense. Apesar de os dados do Atlas da Violência 2025 não detalharem os números por municípios, os registros estaduais mostram uma tendência que se alinha à realidade de cidades como Volta Redonda, Barra Mansa, Resende e Angra dos Reis, que enfrentam desafios crescentes relacionados à segurança pública.


A região tem sido marcada por disputas entre facções rivais e o fortalecimento das milícias, especialmente em áreas de periferia urbana. Em Volta Redonda e Angra dos Reis, por exemplo, houve aumento significativo nos confrontos armados e em operações policiais com desfechos letais. Em Resende, o avanço do tráfico em bairros antes considerados mais tranquilos também tem gerado preocupação.


Policiais da ativa e aposentados, que atuam em batalhões da região, confirmam o crescimento da circulação de armas e drogas. A proximidade com a Via Dutra e outras rotas estratégicas de escoamento de entorpecentes contribui para tornar a região ponto de interesse de organizações criminosas.


Outro fator agravante é a dificuldade de elucidar crimes, o que alimenta a sensação de impunidade. Delegacias regionais sofrem com falta de estrutura, enquanto batalhões da PM atuam com efetivos reduzidos frente à complexidade do território.


Violência contra mulheres também preocupa


No Sul Fluminense, a violência contra mulheres também segue em alta. Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAMs) da região, como as de Volta Redonda e Barra Mansa, têm relatado aumento nas denúncias de ameaças, agressões e perseguições. Ainda assim, muitas vítimas não procuram ajuda, o que contribui para a subnotificação e dificulta a construção de políticas públicas eficazes.


Desafios locais exigem estratégias integradas


O cenário regional reforça a necessidade de políticas integradas entre estado e municípios, com foco em prevenção, investigação e fortalecimento da rede de proteção social. Especialistas defendem que medidas isoladas, como operações pontuais ou aumento do efetivo, têm efeito limitado se não forem acompanhadas de investimentos em educação, emprego e urbanização.


A leitura dos dados ajustados por 100 mil habitantes também se aplica às cidades da região: municípios como Angra dos Reis, por exemplo, têm registrado taxas de homicídios superiores à média estadual, evidenciando zonas críticas que exigem respostas imediatas.


O Sul Fluminense, que historicamente foi conhecido como polo industrial e região de desenvolvimento, enfrenta hoje o desafio de não se tornar também um polo de violência urbana. O alerta está dado — e os dados do Atlas mostram que o tempo para agir está se esgotando.


 
 
 

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