PF abre processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro, que pode levar à demissão do cargo de escrivão
- Marcus Modesto
- 18 de set.
- 2 min de leitura
A Polícia Federal instaurou um processo disciplinar contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que é escrivão concursado da corporação. O procedimento investiga a atuação do parlamentar nos Estados Unidos em defesa da adoção de sanções contra autoridades brasileiras e da criação de taxações contra o país, segundo revelou o jornalista Fausto Macedo, em seu blog no Estado de S. Paulo.
O pedido de apuração partiu do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que questionou se a conduta de Eduardo Bolsonaro é compatível com as regras que regem o funcionalismo público. O processo corre em sigilo, mas uma das sanções possíveis é a demissão do cargo.
Acusações e conexões com processos no STF
Na representação, Boulos apontou que, além de possíveis consequências criminais, a campanha internacional promovida por Eduardo caracteriza infração disciplinar, por violar deveres previstos no estatuto dos servidores federais.
O deputado também é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) em inquéritos que apuram crimes como obstrução de investigação, coação no curso do processo e atentado contra a soberania nacional. Caso confirmadas, essas condutas podem ter reflexos diretos no processo administrativo da Polícia Federal.
Situação funcional e risco de desligamento
A última lotação de Eduardo Bolsonaro na PF foi no Rio de Janeiro, antes de sua dedicação integral à política. Hoje, seu nome permanece vinculado ao setor de gestão de pessoal, que reúne servidores afastados do exercício ativo.
Caso perca o mandato parlamentar e não retorne ao trabalho como escrivão, poderá ser enquadrado por abandono de cargo — hipótese que aumenta o risco de demissão da corporação. Se, no entanto, for reintegrado, poderá ser designado para uma nova unidade, desde que não seja desligado em decorrência do processo disciplinar.




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