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PF deflagra megaoperação contra fraudes no INSS; prejuízo pode ultrapassar R$ 6 bilhões

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), uma operação de grande escala para combater fraudes bilionárias envolvendo entidades que aplicavam descontos indevidos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo os investigadores, os valores descontados sem autorização dos beneficiários somam cerca de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.


Fontes da Globonews informaram que o atual presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo. Além dele, outros seis servidores públicos foram afastados de suas funções por suspeita de envolvimento nos esquemas fraudulentos.


De acordo com a PF, as irregularidades estão ligadas a mensalidades associativas cobradas diretamente dos benefícios previdenciários, sem consentimento dos aposentados e pensionistas. As entidades se apresentavam como representantes legais desses segurados, mas, na prática, realizavam os descontos de forma sistemática e sem autorização.


A operação está sendo realizada simultaneamente em 14 estados — Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe — além do Distrito Federal, onde inclusive há cumprimento de mandados na sede do INSS.


Ao todo, estão sendo executados 211 mandados judiciais de busca e apreensão, seis de prisão temporária e ordens de sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão. Os alvos da operação poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.


A Polícia Federal orienta que aposentados e pensionistas confiram seus extratos de pagamento e, caso identifiquem descontos indevidos relacionados a mensalidades associativas, podem solicitar a exclusão imediata pelo site ou aplicativo Meu INSS. Também é possível acionar a Central 135 ou procurar diretamente as entidades para cancelamento.


A ação é realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e representa mais um duro golpe contra esquemas que se aproveitam da vulnerabilidade de beneficiários do sistema previdenciário brasileiro.


 
 
 

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