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PF deflagra nova fase da Operação Teatro Invisível e mira prefeito de Cabo Frio e ex-candidatos no RJ

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 16 de abr.
  • 2 min de leitura

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16) a segunda fase da Operação Teatro Invisível, que investiga uma rede de desinformação com atuação nas ruas do Rio de Janeiro durante períodos eleitorais. Entre os alvos de mandados de busca e apreensão está o atual prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL).


Também são alvos o deputado estadual Valdecy da Saúde (PL), que disputou sem sucesso a prefeitura de São João de Meriti em 2024, e Aarão (PP), ex-prefeito de Mangaratiba e candidato derrotado na última eleição.


Segundo a PF, a quadrilha produzia encenações teatrais em locais públicos, como feiras e praças, com o objetivo de manipular a opinião pública e influenciar o voto. Os integrantes se passavam por eleitores comuns, simulando situações como brigas em comícios, denúncias falsas de corrupção e atos de vandalismo atribuídos a adversários políticos. As cenas eram gravadas com celulares e câmeras ocultas, editadas e, depois, disseminadas nas redes sociais com legendas enganosas.


Primeira fase da operação


A primeira etapa da investigação foi deflagrada em setembro de 2024, quando quatro pessoas foram presas. Na ocasião, a PF identificou a atuação da quadrilha em pelo menos 13 municípios fluminenses. As encenações faziam parte de uma estratégia sofisticada de desinformação que unia o mundo físico ao digital, dificultando o rastreamento da origem das fake news.


Matéria exibida no Fantástico revelou detalhes da operação, incluindo depoimentos de atores contratados. Um deles contou que recebia R$ 250 por dia para “atuar como eleitor indignado”, reproduzindo falas previamente ensaiadas em locais de grande circulação. Os roteiros, conforme relatos, exploravam temas sensíveis como segurança pública, racismo e corrupção para ampliar o alcance das postagens.


Impacto e inovação no uso de fake news


Especialistas ouvidos pela PF afirmam que o caso representa uma nova forma de manipulação política no Brasil, que vai além dos tradicionais disparos em massa de mensagens ou uso de robôs nas redes. A teatralização dos conteúdos tornou a desinformação mais realista e emocional, com alto potencial de viralização e difícil detecção pelas autoridades.


A PF continua com as investigações para apurar o envolvimento de outros políticos, assessores e financiadores do esquema. A operação segue sob segredo de Justiça.



 
 
 

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