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PF ouve atual e ex-diretor da Abin sobre suposto esquema de espionagem ilegal no governo Bolsonaro

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 17 de abr.
  • 2 min de leitura

A Polícia Federal ouviu, nesta quinta-feira (17), em Brasília, o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-diretor-adjunto do órgão, Alessandro Moretti, no âmbito da investigação que apura um suposto esquema de espionagem ilegal operado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. As oitivas ocorreram simultaneamente, em salas separadas, estratégia comum em fases avançadas de inquéritos para evitar interferência entre os depoimentos. As informações são do g1.


O inquérito investiga a atuação de uma suposta “Abin paralela”, estrutura que teria sido usada para monitorar adversários políticos, autoridades do Judiciário e até representantes de governos estrangeiros, fora dos limites legais. Embora Corrêa e Moretti não tenham ocupado cargos na Abin durante o governo Bolsonaro, a Polícia Federal apura se a atual gestão, já nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tentou dificultar o andamento das investigações.


Segundo a PF, há indícios de que a nova direção da Abin possa ter restringido o acesso a dados importantes para a apuração. Em nota oficial divulgada no início da semana, a Abin afirmou que Corrêa “está à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos, seja no âmbito administrativo, civil ou criminal”.


Além das suspeitas envolvendo espionagem política, a investigação também apura o suposto monitoramento de autoridades paraguaias — prática que, se confirmada, pode representar uma violação à soberania de um país estrangeiro.


Luiz Fernando Corrêa foi sabatinado e aprovado pelo Senado em 2023 antes de assumir o comando da Abin. Com passagens pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça, ele substituiu a antiga cúpula da agência. Já Alessandro Moretti, ex-número dois da Abin, foi exonerado recentemente.


O caso se soma a uma série de investigações que miram antigos integrantes do governo Bolsonaro, sob suspeita de uso indevido de estruturas do Estado para fins particulares, políticos ou eleitorais — incluindo o uso de ferramentas de rastreamento sem autorização judicial.


 
 
 

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