Pipódromo de Volta Redonda se Consolida como Espaço de Lazer, Renda e Tradição Cultural
- Marcus Modesto
- há 6 dias
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Inaugurado há dois anos ao lado da Casa de Portugal, na Rodovia dos Metalúrgicos, o Pipódromo Cidclei Damasceno Gonzaga já se firmou como um dos principais pontos de encontro de famílias e entusiastas do esporte em Volta Redonda. O espaço, que antes era um aterro sanitário, hoje recebe cerca de 300 pessoas a cada fim de semana e atrai milhares durante os festivais de pipa, com excursões de pipeiros de diversas partes do Brasil.
Na noite de quinta-feira (8), representantes da Associação de Pipeiros de Volta Redonda (APVR) se reuniram com o prefeito Antonio Francisco Neto para agradecer pela criação do espaço e apresentar propostas para a realização de um grande festival no dia 29 de junho, data em que se celebra o Dia Estadual da Pipa, reconhecida como patrimônio cultural e imaterial do estado do Rio de Janeiro.
Entre os presentes estavam o presidente da APVR, Jorge Luiz Rodrigues, o conhecido pipeiro Naldinho Pipas, e Rafael da Cruz Leal, ambos do bairro Irajá, no Rio de Janeiro, que organizam eventos capazes de reunir entre 15 e 20 mil pessoas.
O prefeito Neto se mostrou entusiasmado com o impacto do pipódromo. “Vamos seguir conversando, mas já adianto que vou estudar a implantação de área de sombra com bancos e mesas para as famílias que acompanham os pipeiros, além de melhorias no acesso e sinalização do local”, declarou. Ele também se comprometeu a viabilizar a compra de pipas produzidas por pipeiros da cidade para distribuir às crianças durante o festival.
Além de ser espaço de lazer e confraternização, o pipódromo também se mostra uma importante fonte de renda para empreendedores da região. O pipeiro Ederson Pinto da Silva, por exemplo, deixou Petrópolis para viver da venda de pipas em Volta Redonda. “Às vezes, viro a noite fabricando, mas vendo tudo no fim de semana”, afirmou. Já Chesman Cristian Martins de Oliveira relatou ter vendido R$ 1.800 em um único dia de festival.
O secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Fábio Buchecha, relembrou que foi ainda como vereador que intermediou a criação do espaço. “O último festival, no dia 27 de abril, recebeu excursões de cerca de 30 cidades. Vieram pipeiros de várias regiões do estado, além de Minas Gerais e São Paulo”, destacou.
Em reconhecimento ao apoio do município, os pipeiros presentearam o prefeito com uma pipa de mais de um metro de comprimento, feita com as cores de Volta Redonda (amarelo e preto) e autografada por participantes de diversos estados. O presidente da APVR explicou que a peça foi feita no estilo tradicional, com hastes de bambu – um símbolo da preservação da cultura e da história do brinquedo.
O evento não apenas reforça a valorização de uma prática popular e afetiva, mas também consolida o pipódromo como um polo cultural, esportivo e econômico em crescimento no interior do estado do Rio.

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