Poeira tóxica afeta moradores do bairro Colônia Santo Antônio, em Barra Mansa
- Marcus Modesto
- 30 de mai.
- 2 min de leitura
População vive cercada por nuvens de poeira e reclama de problemas respiratórios; situação é considerada insustentável
Barra Mansa — Moradores do bairro Colônia Santo Antônio, em especial das casas e dos prédios localizados na lateral ao Estádio Leão do Sul, estão vivendo uma situação alarmante. Nuvens constantes de poeira tomam conta da região durante todo o dia, afetando diretamente a qualidade do ar e a saúde da população.
O problema vem da movimentação intensa de caminhões e do acúmulo de grandes montanhas de materiais, que incluem pó, brita, areia misturada com resíduos e, segundo relatos, até material com características tóxicas. O flagrante foi feito na manhã desta quinta-feira (29) e revela um cenário de completo descaso. Na imagem, é possível ver caminhões descarregando os materiais, inclusive veículos identificados como sendo do SAAE, o que levanta questionamentos sobre o envolvimento do órgão municipal.
Moradores relatam que não conseguem mais abrir suas janelas e que convivem diariamente com dificuldades respiratórias, ardência nos olhos e irritações na garganta. “O pouco tempo que fiquei aqui já senti minha respiração pesada. Imagina quem vive com isso todo santo dia?”, relata um morador indignado.
Além do problema ambiental, surgem denúncias de que este depósito de materiais seria uma operação transferida de outra localidade. “Falam que antes isso acontecia no bairro Boa Sorte, mas quando os moradores pressionaram, simplesmente tiraram de lá e colocaram aqui, na porta do estádio e na nossa porta”, afirma uma comerciante da região.
O problema não é pontual. A movimentação de caminhões acontece diariamente, tanto com veículos particulares quanto, supostamente, com caminhões da própria prefeitura ou do SAAE, agravando ainda mais a situação.
Risco à saúde pública
Especialistas em meio ambiente alertam que a inalação constante de poeira, principalmente de resíduos industriais ou de construção civil, pode gerar problemas graves de saúde, como asma, bronquite, alergias respiratórias, além de impactos ambientais como poluição do solo e da água em períodos de chuva.
A população pede uma intervenção urgente dos órgãos de fiscalização ambiental, do Ministério Público e das autoridades municipais. “Estamos respirando pó o dia inteiro. Isso não é só incômodo, isso é uma ameaça à nossa saúde. Até quando vamos ser tratados assim?”, questiona outro morador.
A denúncia está feita. O espaço segue aberto para os esclarecimentos dos envolvidos.
Foto Vera Cuaibano

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