Polícia Civil do RJ investiga financiadores de grupo que planejava execução de morador de rua com transmissão ao vivo
- Marcus Modesto
- 20 de abr.
- 2 min de leitura
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga quem estaria financiando um grupo criminoso suspeito de planejar a execução de um homem em situação de rua, com transmissão ao vivo pela internet. O crime estava previsto para ocorrer neste domingo (20), mas foi impedido graças à “Operação Desfaçatez”, que resultou na prisão de três suspeitos e na apreensão de um adolescente.
Segundo a delegada Maria Luiza Machado, titular da 19ª DP (Tijuca), os envolvidos recebiam pagamentos via Pix, e nomes de possíveis financiadores já foram mencionados durante as investigações. “Vamos buscar a identificação dessas pessoas”, afirmou a delegada em coletiva de imprensa.
Os principais acusados são Kayke Sant Anna Franco, de 19 anos, e Caio Nicholas Augusto Coelho, de 18, apontados como responsáveis pela página onde o crime seria exibido por meio da plataforma Discord — a mesma usada por outros jovens, em fevereiro, para transmitir o ataque brutal a um morador de rua com coquetéis molotov.
A polícia identificou Bruce Vaz, de 24 anos, como o líder do grupo. Ele seria o administrador do servidor e responsável por aprovar novos integrantes. “Bruce tinha ciência de todos os eventos. Na Páscoa, chegou a planejar a execução de um coelho”, revelou a delegada.
Na residência de Bruce, foram encontrados objetos usados em atos de crueldade, como uma faca e a pele de um gato, além de provas de que as ações eram transmitidas ao vivo. O secretário de Polícia Civil do RJ, delegado Felipe Curi, descreveu o acusado como “um verdadeiro psicopata”, revelando que ele se apresentava falsamente como ativista da ONU e mediador de conflitos internacionais.
Outro suspeito, um adolescente que também administrava o canal no Discord, foi apreendido em Nova Friburgo, na Região Serrana.
A “Operação Desfaçatez” contou com o apoio do Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), vinculada ao Ministério da Justiça. A investigação aponta que o grupo promovia e divulgava crimes como maus-tratos a animais, estupro virtual, racismo, automutilação e incitação à violência, com ataques direcionados especialmente a negros, mulheres e

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