top of page
Buscar

Polícia descobre centro financeiro e de lazer do Comando Vermelho em prédio de luxo no Morro do Fallet/Fogueteiro

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 12 de mai.
  • 2 min de leitura

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou, nesta segunda-feira (12), a estrutura sofisticada de um dos principais núcleos operacionais e financeiros do Comando Vermelho (CV), no Morro do Fallet/Fogueteiro, em Santa Teresa, região central do Rio. No local, os agentes encontraram um prédio de dois andares usado simultaneamente como escritório do tráfico e espaço de lazer para criminosos da facção.


A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Armas, Munições e Explosivos (Desarme), tinha como objetivo prender Paulo César Baptista de Castro, o Paulinho do Fogueteiro — apontado como chefe do tráfico na região e operador financeiro de alto escalão do CV. Embora Paulinho tenha conseguido escapar durante o confronto, a polícia apreendeu maconha, joias, celulares, um notebook e até uma banheira de hidromassagem no imóvel.


Segundo o delegado Lupis Otávio Franco, Paulinho é responsável por administrar a chamada “caixinha do CV”, um fundo milionário usado para financiar a compra de armas, munições e sustentar as tentativas de expansão territorial da facção. “O prédio era, na prática, um QG do crime: de um lado, um centro contábil da organização; do outro, um clube particular para os chefes da quadrilha”, explicou.


Paulinho do Fogueteiro ostenta 93 anotações criminais e possui quatro mandados de prisão ativos. Ele conseguiu fugir após se esconder em outra casa da comunidade e se aproveitar do tiroteio com os agentes. Nunca foi preso.


Durante a operação, uma mulher de 35 anos, natural do Amazonas, foi detida. Ela seria a contadora da quadrilha e a ligação direta entre o Comando Vermelho no Rio e ramificações do tráfico na Região Norte do país.


A operação contou com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de outras divisões do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). Houve confronto armado durante a entrada das equipes na comunidade.


O material apreendido será periciado e as investigações continuam para localizar Paulinho e aprofundar o rastreamento da rede financeira da facção. O caso escancara mais uma vez como o crime organizado, além de armado, é estruturado e financiado com métodos empresariais – e age com a mesma ousadia com que dribla o poder público.


 
 
 

Comentarios


bottom of page