Policiais Civis de Santo André São Presos em Operação contra Extorsão de Funkeiros e Influenciadores

Quatro policiais civis lotados no 6º Distrito Policial de Santo André foram presos nesta sexta-feira (25), durante a operação Latus Actio 3, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público. De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, os agentes são suspeitos de cobrar propina de funkeiros e influenciadores para não investigarem rifas ilegais realizadas nas redes sociais.

A operação, que conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil, também cumpre cinco mandados de busca e apreensão em Santo André, Mauá e São Paulo. Além disso, foi decretada a quebra do sigilo bancário dos policiais investigados. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi questionada sobre o caso, mas não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Cobrança de Propina e Extorsão

Segundo as investigações da PF, os policiais solicitavam dinheiro de suspeitos de promover rifas ilegais em troca da suspensão das investigações. Os agentes instauravam procedimentos chamados “Verificação de Procedência de Informações”, alegando que iriam apurar práticas de rifas ilegais, que podem envolver crimes como estelionato e lavagem de dinheiro. Contudo, o verdadeiro intuito era extorquir dinheiro dos envolvidos, evitando que os casos seguissem adiante.

Histórico de Operações

A operação Latus Actio 3 é um desdobramento das investigações iniciadas em 2024 com a Operação Latus Actio e Latus Actio 2. Durante essas edições anteriores, foi identificada uma organização criminosa dentro da Polícia Civil, que também cobrava propinas para encerrar investigações. Em decorrência dessas operações, um policial foi preso preventivamente e outro afastado de suas funções.

A nova fase da operação busca não apenas prender os envolvidos, mas também desmantelar qualquer organização criminosa que atue dentro da Polícia Civil, abusando de sua autoridade para extorquir dinheiro dos cidadãos. As investigações continuam, e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.

Este caso evidencia um grave problema de corrupção interna nas forças de segurança e coloca em destaque a necessidade de uma investigação rigorosa para combater práticas ilegais dentro das corporações.