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Ponto facultativo no Carnaval: prioridade para a festa, não para os serviços públicos

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 13 de fev.
  • 2 min de leitura

O Governo do Estado do Rio de Janeiro decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais nos dias 28 de fevereiro, 3 e 5 de março de 2025, alegando a necessidade de garantir “mais organização e segurança” durante o Carnaval. A decisão, publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (13), reforça uma tendência já comum no estado: colocar as festividades acima do funcionamento regular dos serviços públicos.


Embora o Carnaval seja, sem dúvida, um evento de grande importância econômica e cultural, a justificativa de “organização e segurança” soa como uma desculpa conveniente para conceder mais folgas ao funcionalismo. O que se vê, na prática, é o esvaziamento dos órgãos estaduais por quase uma semana, enquanto a população continua precisando de serviços administrativos, escolas e atendimentos diversos que ficam paralisados.


Os serviços essenciais, como hospitais e forças de segurança, seguem funcionando, mas a interrupção de atividades burocráticas impacta diretamente a vida dos cidadãos. Processos administrativos são adiados, escolas estaduais perdem dias de aula e quem precisa de atendimento público vê seus prazos se alongarem ainda mais.


O mais curioso é que, apesar de destacar o impacto positivo do Carnaval na economia, o governo ignora o peso negativo da paralisação da máquina pública. Empresas que dependem de licenças, certidões e demais processos administrativos enfrentam atrasos, prejudicando investimentos e a própria economia que o governo diz querer fomentar.


Se o Carnaval é realmente um evento estratégico para o estado, a solução não deveria ser decretar ponto facultativo, mas sim investir em planejamento para que o setor público continue funcionando normalmente, enquanto se organiza a festa. O estado não pode parar toda vez que há um evento importante – ainda mais em um cenário onde a eficiência do serviço público já deixa tanto a desejar.


 
 
 

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