População se revolta contra estacionamento rotativo e cobra explicações da Prefeitura de Barra Mansa
- Marcus Modesto
- 3 de jun.
- 2 min de leitura
A polêmica em torno do estacionamento rotativo de Barra Mansa está longe de acabar. Moradores, comerciantes e trabalhadores que dependem das ruas para exercer suas atividades estão revoltados com o funcionamento do novo sistema, que tem sido alvo de duras críticas e denúncias.
Motoristas de aplicativo relatam situações absurdas no dia a dia. Basta parar por poucos segundos para pegar ou desembarcar um passageiro que o “robozinho” – equipamento responsável pela fiscalização – dispara imediatamente uma notificação. “Isso é um verdadeiro caça-níquel. A gente não consegue nem trabalhar. É um abuso contra quem vive do transporte”, desabafa um motorista que preferiu não se identificar, temendo represálias.
As reclamações também vêm de idosos, pessoas com deficiência e seus familiares. Faltam vagas devidamente sinalizadas e reservadas para esses públicos, desrespeitando leis de acessibilidade e ferindo diretamente os direitos garantidos por lei.
Outro ponto que gera indignação está na falta de transparência sobre a escolha da empresa que explora o serviço. Circulam informações na cidade de que o contrato teria favorecido um empresário local, o que levanta suspeitas sobre os critérios adotados e se houve, de fato, concorrência pública. Até o momento, a Prefeitura e o prefeito Luiz Furlani não vieram a público esclarecer como foi feita essa concessão, nem os termos desse contrato que, na prática, onera a população em vez de trazer benefícios.
Nas ruas, o sentimento é de revolta. Muitos afirmam que o estacionamento rotativo foi imposto sem qualquer diálogo com a população, ignorando comerciantes, motoristas e moradores, que são diretamente afetados. O prefeito Luiz Furlani, que prometeu uma gestão participativa e moderna, agora é acusado de empurrar medidas de forma autoritária, sem ouvir quem realmente sente os impactos no dia a dia.
Diante de tantos questionamentos sem resposta, cresce a cobrança para que a Prefeitura de Barra Mansa venha a público explicar, de forma clara e transparente, os reais interesses por trás desse contrato e quais os critérios adotados na implementação desse sistema, que mais parece servir para arrecadar do que para organizar o trânsito.
A reportagem segue acompanhando o caso e continuará cobrando respostas e posicionamento das autoridades.

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