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Prefeito de Barra Mansa ignora Estado laico e espalha mensagens religiosas em prédios públicos

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 7 de abr.
  • 2 min de leitura

Um registro publicado na tradicional coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, nesta semana, trouxe à tona um episódio grave já denunciado anteriormente pelo portal O Sul Fluminense: a utilização de símbolos e mensagens religiosas por parte do governo municipal de Barra Mansa, no interior do Estado do Rio.



Painéis com a frase “Barra Mansa é do Senhor Jesus Cristo” foram espalhados pela cidade, inclusive no interior da própria sede da prefeitura, onde o “slogan” religioso é exibido em telões. A iniciativa é atribuída ao prefeito Luiz Furlani, do PL — partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.


A ação fere frontalmente o princípio constitucional da laicidade do Estado. O Brasil é, por definição, um Estado laico, sem religião oficial, e com o dever de garantir a liberdade de crença para todos os cidadãos. A promoção de uma crença específica em prédios públicos representa não apenas um desvio institucional, mas também um desrespeito à diversidade religiosa da população.


Ao naturalizar a presença de mensagens cristãs nas estruturas do governo municipal, a atual gestão ignora o fato de que governa para todos — cristãos, ateus, evangélicos, católicos, umbandistas, espíritas e outras expressões de fé — e não apenas para um segmento religioso.


A denúncia feita por O Sul Fluminense expôs essa prática ainda antes da repercussão nacional. Agora, com a visibilidade trazida pela coluna de Ancelmo Gois, a expectativa é de que autoridades e a sociedade civil se mobilizem para cobrar o respeito à Constituição e ao caráter plural que deve nortear qualquer administração pública.


Em um momento de tantos retrocessos democráticos, reafirmar a laicidade do Estado não é apenas um dever legal — é um compromisso com a convivência pacífica e o respeito às diferenças.





 
 
 

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