Prefeitura de Barra Mansa fecha serviço essencial para alunos com dificuldades de aprendizagem – educadores denunciam retrocesso
- Marcus Modesto
- 9 de abr.
- 2 min de leitura
Enquanto discursos sobre inclusão e equidade se multiplicam em campanhas e eventos oficiais, a realidade nas escolas municipais de Barra Mansa caminha na direção oposta. Educadores da rede pública denunciam o fechamento silencioso da SAEC (Sala de Atendimento Educacional Complementar), serviço que há mais de 30 anos oferecia suporte pedagógico especializado para crianças com dificuldades de aprendizagem, como TDAH, dislexia, disgrafia, entre outras condições que exigem acompanhamento individualizado.
A decisão, segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), partiu da própria Prefeitura, que até agora não apresentou nenhuma justificativa pública, tampouco uma alternativa viável para os estudantes que dependiam do atendimento. O silêncio do governo municipal sobre o caso é tão preocupante quanto o fechamento em si.
A SAEC atendia alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e funcionava dentro das unidades escolares, sendo um apoio crucial para que essas crianças não ficassem para trás no processo de alfabetização e desenvolvimento escolar. Em tempos em que se fala tanto em “inclusão”, a extinção de um serviço como esse soa como contradição — ou pior: abandono.
O impacto da medida ainda não pode ser mensurado, mas já se sabe que professores estão desamparados para lidar com demandas que exigem preparo e recursos específicos, enquanto pais e responsáveis relatam insegurança e revolta. Mais do que um corte de política pública, trata-se de um recado perigoso: o de que as crianças que mais precisam de atenção podem ser deixadas à própria sorte.
A Prefeitura de Barra Mansa deve explicações urgentes — não apenas aos educadores e às famílias afetadas, mas a toda a sociedade que espera de seus governantes compromisso com a educação e, acima de tudo, com a dignidade de cada aluno.

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